OLIMPISMO Quénia está quase de fora do Rio’16
Maior potência do fundo tem 18 casos de doping desde janeiro e foi “chumbada” pela AMA
Depois da forte probabilidade de o atletismo russo ficar excluídos dos próximos Jogos Olímpicos, a mesma punição e pelos mesmos motivos está em vias de ser aplicada ao Quénia. A medida tem consistência após a Agência Mundial Antidoping (AMA) ter comunicado que, segundo o parecer de um grupo de especialistas por si escolhido, o Quénia não está em conformidade com as regras antidoping.
Se o Comité Olímpico Internacional, a quem será remetida a conclusão do inquérito, considerar pertinentes os argumentos da AMA, aquele país africano, que é a maior potência do meio-fundo e fundo mundial, não será autorizado a participar nos Jogos Olímpicos do Rio, que se disputam dentro de três meses.
Muito embora essa ausência seja de grande peso e significado, a verdade é que não constituirá grande surpresa, pois sabe-se que os dirigentes quenianos, por duas vezes, não cumpriram os prazos impostos pela AMA para que a situação de doping generalizado e quase institucional naquele país fosse combatida e revertida com medidas e ações no terreno. Pior ainda, os casos com atletas de topo e vários escândalos, tal como aconteceu com o desporto russo – que terá a sua situação analisada a 17 de junho –, têm aumentado. Tendo 11 medalhas ganhas nos Jogos de Londres’12 e um inédito triunfo no último Mundial de atletismo, graças a sete títulos, o Quénia também possui mais de 40 casos positivos de doping nos últimos quatro anos e 18 deles são desde janeiro.