O próximo passo
Os jogadores da equipa B do FC Porto ganharam um justo lugar no museu do clube: agora, precisam de ganhar espaço na equipa principal
Foi justa a homenagem de Pinto da Costa à equipa B do FC Porto, que conquistou o título de campeã da II Liga no último fim de semana. Como foram justas as palavras de José Peseiro, reconhecendo e sublinhando a dimensão do feito alcançado pela formação dirigida por Luís Castro. Tratou-se, de facto, de um triunfo difícil, garantido por uma equipa de jogadores muito jovens que enfrentaram e venceram formações mais consistentes, constituídas por jogadores mais experientes e servidas por técnicos que conhecem cada recanto da II Liga como a palma das mãos. Técnicos que, por sinal, não têm de se preocupar com a regular saída de jogadores para responder a eventuais solicitações da equipa principal ou aos planos de evolução na carreira traçados para eles pela respetiva SAD. Vencer, nessas circunstâncias, um dos campeonatos mais longos e competitivos do futebol português é, não apenas um feito que merece o devido destaque e reconhecimento, mas também e principalmente um atestado de qualidade para os jogadores que o alcançaram. E esse é o verdadeiro triunfo arrancado pela equipa B do FC Porto nesta temporada: a forma como colocou à disposição dos responsáveis pela equipa principal um lote de jogadores onde há goleadores como André Silva, centrais como Chidozie, mas também criativos como Francisco Ramos ou João Graça, trincos como Govea e laterais como Rafa. Um grupo de campeões que já ganhou um lugar no Museu do FC Porto, mas que, mais do que isso, merece a oportunidade de ganhar um lugar na equipa principal.