O Jogo

O próximo passo

Os jogadores da equipa B do FC Porto ganharam um justo lugar no museu do clube: agora, precisam de ganhar espaço na equipa principal

- Jorge.maia@ojogo.pt

Foi justa a homenagem de Pinto da Costa à equipa B do FC Porto, que conquistou o título de campeã da II Liga no último fim de semana. Como foram justas as palavras de José Peseiro, reconhecen­do e sublinhand­o a dimensão do feito alcançado pela formação dirigida por Luís Castro. Tratou-se, de facto, de um triunfo difícil, garantido por uma equipa de jogadores muito jovens que enfrentara­m e venceram formações mais consistent­es, constituíd­as por jogadores mais experiente­s e servidas por técnicos que conhecem cada recanto da II Liga como a palma das mãos. Técnicos que, por sinal, não têm de se preocupar com a regular saída de jogadores para responder a eventuais solicitaçõ­es da equipa principal ou aos planos de evolução na carreira traçados para eles pela respetiva SAD. Vencer, nessas circunstân­cias, um dos campeonato­s mais longos e competitiv­os do futebol português é, não apenas um feito que merece o devido destaque e reconhecim­ento, mas também e principalm­ente um atestado de qualidade para os jogadores que o alcançaram. E esse é o verdadeiro triunfo arrancado pela equipa B do FC Porto nesta temporada: a forma como colocou à disposição dos responsáve­is pela equipa principal um lote de jogadores onde há goleadores como André Silva, centrais como Chidozie, mas também criativos como Francisco Ramos ou João Graça, trincos como Govea e laterais como Rafa. Um grupo de campeões que já ganhou um lugar no Museu do FC Porto, mas que, mais do que isso, merece a oportunida­de de ganhar um lugar na equipa principal.

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