O Jogo

Findo o Euro, todos os radares se voltam para os clubes

- José João Torrinha

Altura ideal, pois, para se fazer um balanço do “estado da arte” no meu Vitória.

A primeira coisa a ressaltar é que qualquer balanço que se faça agora será sempre um balanço muito provisório. Os motivos são vários, mas acima de todos está o facto de a época de transferên­cias, como vem sendo usual, fechar tardíssimo. Não faz qualquer tipo de sentido fechar a janela de transferên­cias quando todos os campeonato­s já estão em pleno andamento. Mas é assim que tem sido e vai novamente ser.

De volta ao Vitória. Vistas as coisas a esta distância, creio que a pré-época está a correr bem.

O Vitória optou, este ano, por aquisições de três tipos: as chamadas apostas seguras, isto é jogadores de qualidade reconhecid­a com experiênci­a no nosso campeonato: João Aurélio, Rúben Ferreira, Soares e Rafael Miranda; emprestado­s que não são jovens em cresciment­o, mas antes jogadores feitos e com provas dadas: Marega e Hurtado; e jovens desconheci­dos da maioria dos adeptos, mas em quem se aposta: Marcos Valente, Marcílio, Mbemba e Zungu.

A estes devemos acrescenta­r, no seguimento do que vem sendo a política do clube nos últimos anos, aqueles jovens que já cá estavam e em quem se aposta que continuem a crescer e que por isso se assumam como verdadeira­s mais-valias: Konan, João Pedro, Phete, Rafinha, Areias, Xande Silva, Tyler Boyd e João Vigário.

Finalmente, o último contingent­e de “reforços” é constituíd­o por dois jogadores em quem mantenho a esperança de que venham a constituir um dos maiores ganhos relativame­nte à última época, embora por razões diferentes. Um é Alex, que merece tudo de bom que lhe possa acontecer depois do azar que tem tido. O outro é Tozé, a quem todos reconhecem um potencial interessan­tíssimo, mas que no ano passado, por razões que nunca cheguei a compreende­r, esteve muito abaixo de tudo o que dele se esperava. Quer um quer outro têm potencial para serem senão o melhor, pelo menos um dos melhores do plantel.

Significa isto que o plantel está fechado? Não creio.

Se na baliza e laterais está tudo pacífico, creio que no centro da defesa ainda faltará qualquer coisa. Para João Afonso, será uma época de tira-teimas: quem é o verdadeiro João: o de há dois anos, ou o do ano passado?; também Josué terá muito a provar: é ou não um jogador de categoria superior, a reclamar mais altos voos? Pedro Henrique tem consistênc­ia para repetir a melhor fase do ano passado? Se a estas dúvidas juntarmos o facto de Moreno estar no ocaso da carreira e Valente na fase oposta, tudo aconselha a que venha mais um reforço.

O meio-campo do ano passado foi quase todo embora. Depois dessa sangria, parece que o mesmo está entregue a demasiada juventude. Deverá vir ainda mais “peso” para esse sector.

No ataque, passa-se o mesmo. Um goleador e um ala devem ainda chegar.

De qualquer maneira, sendo inevitável que as coisas não estejam ainda fechadas, parece-me que a base é interessan­te e que nos permite sonhar da melhor maneira: com os pés assentes na terra.

Parece-me que a base é interessan­te e que nos permite sonhar da melhor maneira: com os pés assentes na terra

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Tozé tem “potencial interessan­tíssimo”
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