O Jogo

“AINDA QUERO JOGAR NO FUTEBOL INGLÊS”

Extremo do Benfica recorda a grave lesão sofrida em 2015, que além de o ter afastado dos relvados por nove meses, fez cair por terra a acertada transferên­cia para o Manchester City

- FEDERICO DEL RIO (Argentina)

Jogador argentino projeta marcar 15 golos em 2016/17 para voltar a valer “milhões” no mercado, assim como viu acontecer com companheir­os de plantel que até marcaram menos e saíram valorizado­s

Uma rotura de ligamentos do joelho direito frustrou o sonho de Salvio: jogar no futebol inglês. A lesão sofrida na reta final da época 2014/15 fez o Manchester City desistir da contrataçã­o do extremo do Benfica. Em entrevista ao “Olé”, o argentino, no entanto, revela que não desistiu de alcançar a meta de figurar entre os destaques da Premier League. O que passou pela sua cabeça no momento da lesão no joelho? —A lesão aconteceu quando faltavam quase 15 minutos para terminar a temporada. Nós já éramos campeões e foi uma pena, principalm­ente porque eu tinha uma oferta para ir para o futebol inglês. Estava tudo certo para eu jogar em Inglaterra, mas não aconteceu. Foi um momento duríssimo. Mas eu tive de aceitar, são coisas que acontecem e não podemos fazer nada. Agora vejo que tenho bastante força para me levantar dos duros golpes na carreira. Alguém do Manchester City conversou consigo depois da lesão? —Não, mas eu já sabia que tudo acabava de se transforma­r em nada. A única coisa que eu queria era fazer a cirurgia e recuperar-me. Depois, a minha cabeça começou automatica­mente a pensar na recuperaçã­o e em voltar o mais rápido possível aos relvados. Pensa sempre positivo? —Sim, sempre fui assim. Sei que os sonhos que tenho ainda vão realizar-se. Não é por causa de uma lesão grave que vou deixar de lutar ou que vou desistir dos meus sonhos. Tenho metas na carreira e pretendo concretizá-las. Quais são os seus sonhos? —Sempre quis ser um jogador de seleção; já tive oportunida­des, mas encantar-me-ia voltar a ser convocado. Ainda quero jogar no futebol inglês. Quando estava no Lanús, eu queria jogar na Europa; o Atlético de Madrid e o Benfica tornaram o meu sonho realidade. Não me vou conformar, vou querer sempre mais. Um dos seus objetivos é disputar o Mundial da Rússia, em 2018? —Sim, mas antes disso o meu objetivo é voltar a ser convocado para representa­r a seleção argentina. Voltar a ganhar espaço na minha equipa, também; quero voltar a ser protagonis­ta e ter um grande ano, como no ano passado [nos primeiros meses], quando marquei 13 golos. O Benfica vendeu, por muitos milhões, extremos que não marcaram 13 golos. Sempre disse que, ao invés de 13, queria marcar 15. Espero recuperar o meu lugar e marcar estes 15 golos. Vou matar-me para que digam todos maravilhas de mim outra vez. O Benfica ganhou quase tudo nos últimos anos. Falta um grande título de uma competição na Europa? —Queríamos ter ganho algum título europeu. Tivemos a sorte de jogar duas finais da Liga Europa [2013 e 2014]. Fomos claramente superiores nas duas, mas não ganhámos. Fizemos um grande papel na última época também, chegámos aos “quartos” da Champions e vendemos cara a derrota com o Bayern. Esperamos fazer melhor na próxima.

“Vou matar-me para que digam maravilhas de mim outra vez” Salvio Extremo do Benfica “Foi uma grandíssim­a honra ser capitão”

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Ontem, no particular contra o Wolfsburgo, Salvio recebeu das mãos de Jardel a braçadeira de capitão da equipa. Substituíd­o por Lindelof na segunda etapa, o central brasileiro correu até ao extremo argentino e passou-lhe o “poder” de liderar os...

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