O Jogo

“NÃO TENHO METAS QUERO SEMPRE MAIS”

Simy, o melhor goleador da última época na II Liga, está orgulhoso do salto e pronto a entrar na história do Crotone, o seu novo clube

- HÉLIO NASCIMENTO

Era reforço de peso, num regresso à casa onde “cresci como atleta e homem”, mas o convite dos italianos e a hipótese de jogar na Serie A “obrigaram-no” a mudar de planos. Promete, claro, continuar a marcar

O nigeriano Simy está encantado com a oportunida­de de jogar na Serie A italiana, pelo Crotone, clube com o qual assinou por três anos, num montante – entre os 850 e os 900 mil euros – que recheou os cofres do Portimonen­se. Depois de três anos no Gil Vicente, o avançado voltara ao Algarve, como reforço do plantel às ordens de Vítor Oliveira, mas não chegou a assentar arraiais.

“É um passo muito importante na minha carreira. Jogar num campeonato deste nível é sinal que o trabalho foi bem feito. Estou orgulhoso e quero aproveitar a oportunida­de”, assume.

A propósito deste “namoro” do Crotone, que teve algo de inesperado, revela que “o futebol é um mundo onde tudo se sabe e tudo se vê. Fui sempre muito honesto nos trei- nos e nos jogos e esta é a prova que vale a pena uma entrega total”, assevera o ponta de lança.

Depois de assinar, fazer os exames médicos e conhecer os cantos à nova casa, Simy começa esta semana a treinar, após um salto a Portimão para recolher os pertences. “O Crotone está pela primeira vez na Serie A e vi que as pessoas andam todas felizes, o que é muito bom e motiva ainda mais todos os jogadores. Da minha parte, aumenta o orgulho por entrar na história deste clube”, adianta, em conversa com O JOGO, referindo também que “o Portimonen­se é tudo para mim”.

“Quero prestar tributo ao clube onde me tornei profission­al e cresci como atleta e homem. Está no meu coração. É a minha casa, e, estando longe ou perto, serei sempre mais um a apoiar”, sintetiza o nigeriano, com alguma pena de não poder contribuir para uma campanha que, diz, só terminará com a desejada subida à I Liga portuguesa.

Simy, de 24 anos, campeão nacional de juniores da II Divisão pelo Portimonen­se, deu depois os primeiros passos nos seniores, atingindo uma bitola que originou a cobiça de outros emblemas, rumando então a Barcelos.

Na última época, obteve 20 golos e foi o melhor marcador da II Liga, um registo que não o leva, para já, a estabelece­r outros cálculos.

“Nunca tenho metas. Quero continuar a crescer e fazer cada vez melhor. O mais im- portante é o coletivo e os go- los, acredito, surgirão natural- mente. O trabalho de equipa é que determina sempre o nosso sucesso, quer individual quer do grupo”, garante o possante avançado nigeriano, determinad­o a deixar a sua marca nos italianos do Crotone.

“Jogar num campeonato deste nível é sinal de que o trabalho foi bem feito”

“Quero continuar a crescer e fazer cada vez melhor” Simy Avançado do Crotone

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Em 174 jogos em Portugal, em várias competiçõe­s, Simy apontou 51 golos

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