Ataques de Rui Costa são promessa olímpica
Fugindo uma semana inteira – e num total de 530 quilómetros! –, poveiro mostrou-se em forma para o Rio’16 e fez a aposta correta, mesmo sem vencer
Rui Costa foi o terceiro com mais quilómetros em fuga e o único a deixar o pelotão em cinco etapas em linha seguidas. Pareceu perfeito para os Jogos, tal como Nelson Oliveira para o contrarrelógio
A opção da Lampre, que apostou no sul-africano Louis Meintjes para a geral – foi oitavo e o primeiro africano da história no top 10 – e pediu a Rui Costa para tentar ganhar etapas, foi criticada pela maioria dos adeptos do poveiro. Agora que o Tour terminou, e mesmo sem ter chegado ao triunfo, basta olhar à classificação geral para perceber que, numa edição tão fechada, seria difícil a Rui Costa entrar no grupo dos primeiros, pois bastaria um dia mau para comprometer toda a corrida, como aconteceu a Fabio Aru, Bauke Mollema, Thibaut Pinaut, Pierre Rolland ou Tejay van Garderen, cinco líderes que o tentaram. Apostando nas fugas, o poveiro esteve em destaque durante seis etapas, cumpriu 530 km à frente do pelotão – só Rafa Majka (637) e Thomas De Gendt (555) fizeram mais –, atacou em plano tanto em Berna como, ontem, em Paris e provou, pela consistência a subir e velocidade média no plano, ser real candidato a uma medalha olímpica, no Rio de Janeiro, a 6 de agosto. Nelson Oliveira, trabalhador que ajudou a Movistar a ganhar por equipas, deixou a mesma ideia: o terceiro lugar num contrarrelógio semelhante ao brasileiro foi entusiasmante.
“Não estou feliz, mas conformado com o Tour que fiz e foi uma ótima preparação para os Jogos Olímpicos. Ver o lado positivo é bom” Rui Costa Lampre-Merida