UM NOVO OTÁVIO NA FORJA
BRASILEIRO GANHA PONTOS COMO EXTREMO-ESQUERDO E CONCORRENTE DIRETO DE BRAHIMI
“Estou Evandro acredita que pode ser trinco: a esforçar-me ao máximo para aprender”
Fernández José Ángel e Andrés oficiais no Villarreal com opção de compra
Com a fartura de opções no miolo, o brasileiro tem aproveitado as oportunidades na ala. Nos três jogos do estágio esteve sempre em bom plano, com muitos movimentos interiores
Otávio tem a via aberta para agarrar um lugar no plantel como... extremo. A fartura de opções para o meio-campo ofensivo – reforçadas com a chegada de João Teixeira – levou Nuno Espírito Santo a repensar a posição do jogador resgatado ao V. Guimarães. Inicialmente apontado como um dos criativos da equipa, o brasileiro tem dado excelentes indicações no lado esquerdo do ataque, na mesma posição onde, para já [se Rafa for contratado também pode fazer esse lugar], só há Brahimi. Foi aí que Otavinho, como Pinto da Costa lhe chamou, fez todos os 163 minutos de jogo no estágio de pré-temporada.
Tudo começou, porém, ainda no Olival, contra o Rio Ave, onde jogou 45 minutos encostado na esquerda. De então para cá, é essa ala que tem sido o seu novo habitat e a verdade é que Otávio tem-se dado muito bem a jogar nessa posição. Contra o Vitesse, por exemplo, não só deu profundidade como encarou os duelos sem receios, praticando um futebol curto e em dribles, sempre virado para o ataque, ora utilizando a sua capacidade de explosão para ultrapassar os adversários, ora jogando apoiado para criar desequilíbrios, demonstrando ainda conta, peso e medida nos cruzamentos para a grande área. Mais: os movimentos interiores, à semelhança do que faz Brahimi, também têm sido bem explorados pelo brasileiro.
Apesar de ter atualmente 27 jogadores às suas ordens, Nuno pode queixar-se da falta de alternativas para os flancos. Brahimi [se ficar no plantel] e Corona serão, à partida, os mais fortes candidatos ao onze, sobrando apenas Hernâni–Varelaainda só jogou como defesa-direito – como alternativa, o que até já levou o treinador do FC Porto a recorrer a André Silva para jogar descaído na direita do ataque. Foi o que sucedeu contra o Osnabruck. Ora, com Varela adaptado a lateral-direito, Nuno
viu-se obrigado a “inventar” um extremo e Otávio tem sido uma agradável surpresa. Estas funções são vantajosas para o brasileiro que, com tanta concorrência no meio-campo, poderia correr o risco de não conseguir fixar-se no plantel atual. A jogar como extremo, Otávio não só mostra ser um jogador versátil, polivalente, como faz diminuir esse risco. Para já, Nuno gostou tanto do rendimento do brasileiro naquelas funções que ainda não lhe confiou outra missão nos três particulares disputados durante o estágio. Amanhã há mais um particular para ratificar esta ideia...