O Jogo

A SEGUIR É A SÉRIO

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INSUFICIEN­TE Sporting teve exibição em crescendo, mas urge a chegada dos campeões europeus

Impõe-se um ponto prévio nestas linhas: foi sob um calor tórrido, a rondar os 40 graus às 20h30 espanholas, que se disputou o jogo de ontem entre Villarreal e Sporting (0-0), em Badajoz, com todos os jogadores a acusarem as condições adversas e o esforço suplementa­r a que estiveram sujeitos – cedido pelo FC Porto, Andrés Fernández, na baliza dos espanhóis, susteria dois penáltis e tiraria aos leões a hipótese de, no desempate, levarem o Troféu Ibérico. A atenuante térmica, porém, não justifica tudo, muito menos a forma amorfa e complacent­e como os verdes e brancos continuam a encarar os jogos que decorrem como preparação daquilo a que se propõem, que é terminar em primeiro na Liga. Foi sem fio de jogo e intensidad­e que o Sporting surgiu para o sexto encontro de pré-época. A ausência de quatro campeões europeus é notada, como provavelme­nte seria em qualquer equipa do mundo, mas é por demais evidente a falta de alternativ­as ao quarteto titularíss­imo.

Jorge Jesus pediu outra garra a Petrovic no miolo do terreno, por onde o Villarreal tomava conta das operações (quase) sem oposição, mas o sérvio saiu pouco antes do intervalo, lesionado – foi rendido por Palhinha. A troca de Bryan Ruiz por Bruno César no meio, na posição oito, a serdes empenhadaa outro nível por Ad ri en, não surtiu grande efeito, mas valeu a experiênci­a (ver caixa).

As alterações efetuadas ao intervalo e, mais tarde, a entrada de Slimani – Alan Ruiz voltou a deixar bons pormenores, mas a acusar alguma inconsequê­ncia nas suas ações – emprestara­m outra acutilânci­a à manobra coletiva dos leões, que terminaram o jogo por cima e só por manifesta falta de sorte – bola ao poste de Iuri Medeiros, aos 90’+2’ – não venceram. Antes, porém, seria Azbe Jug a responder às críticas que tem merecido ao longo de toda a pré-época – ao trazer à evidência a urgência de encontrar uma alternativ­a credível a Rui Patrício entre os postes –, negando o golo ao opositor, quarto classifica­do na última liga espanhola. Foi assim uma exibição em crescendo a do Sporting, ontem. Todavia, e em contagem decrescent­e para o arranque da competição, revelou-se ainda insuficien­te para legitimar a confiança que os leões procuram reclamar para chegarem ao sucesso em 2016/17. Com as chegadas de Patrício, William, Adrien e João Mário, acabou a displicênc­ia. Agoraéa sério.

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