CORONA DEU ESPETÁCULO
FINALIZAÇÃO O mexicano deu uma lição de remates imparáveis, com golos para todos os gostos, afirmando-se como um dos jogadores em melhor forma do plantel
Mexicano foi o melhor em campo com o Vitesse, no sábado, e confirmou as indicações no treino matinal de ontem, que Nuno abriu aos jornalistas por 45 minutos. Aboubakar desafinado
Corona é, provavelmente, o jogador em melhor forma neste início de temporada do FC Porto e o treino matinal de ontem, excecionalmente aberto por 45 minutos à comunicação social, comprovou isso mesmo: o mexicano destacouseno exercício de finalização e de cruzamentos que Nuno escolheu para o penúltimo dia do estágio na Alemanha. O desenho era simples: entradas dos avançados pelo corredor central, no tempo certo, ao primeiro ou ao segundo poste, seguidas de remates a cruzamentos saídos das duas faixas laterais. Corona foi, de longe, a estrela mostrando pontaria afinada, quer nos remates quer nos cruzamentos, e ainda uma enorme entrega e confiança. O extremo mexicano arrancou remates tensos e bem colocados que mereceram a aprovação de Rui Silva, o adjunto que conduziu o exercício e que não se cansou de pedir golos, mas sobretudo que os avançados comunicassem entre eles para que a bola fosse metida por quem cruzava no sitio certo. Isso exigiu dos extremos muita precisão nos cruzamentos – que todos os jogadores tiveram de fazer – para que as jogadas de finalização funcionassem. Com tudo bem conjugado, Corona deu espetáculo, rematando, ou cabeceando até, numa das ocasiões, com sucesso para o fundo das redes defendidas à vez por Casillas, José Sá e João Costa.
O treino deu para confirmar a boa impressão deixada por Corona já contra o Vitesse, na Holanda, jogo no qual o extremo marcou o golo do empate e teve ação preponderante no segundo, ao colocar a bola no espaço para que Maxi pudesse tentar um chapéu dentro da área, levando o defesa a meter a mão à bola e a cometer uma grande penalidade, que André Silva viria a transformar no segundo golo.
Com pontaria afinada mostraram-se também João Teixeira e Alex Telles, que não hesitaram em rematar, por vezes até em posições pouco ortodoxas, ensaiando disparos de várias formas, que nem sempre acertaram no alvo, mas que alimentaram um verdadeiro espetáculo “pirotécnico”. O exercício decorreu com muito dinamismo, com os jogadores a procurarem uma segunda baliza ainda com bolas trocadas ao primeiro toque, no meio de três defesas “insufláveis”, que procuraram contornar, antes de disparar em força. Nuno Espírito Santo foi seguindo de perto todas as movimentações, provavelmente a tirar notas para o jogo de logo com o Bayer Leverkusen (17 horas), que encerra o estágio do FC Porto na Alemanha.
Este trabalho de finalização que decorreu durante cerca de 30 minutos seguiu-se a um
período de aquecimento conduzido por António Dias, marcado pela paragem de André Silva (ver peça ao lado). O avançado trocou breves palavras com Nuno Espírito Santo e já não completou o plano de treino.