O Jogo

CORONA DEU ESPETÁCULO

FINALIZAÇíO O mexicano deu uma lição de remates imparáveis, com golos para todos os gostos, afirmando-se como um dos jogadores em melhor forma do plantel

- Textos ANTÓNIO M. SOARES Fotos LEONEL DE CASTRO

Mexicano foi o melhor em campo com o Vitesse, no sábado, e confirmou as indicações no treino matinal de ontem, que Nuno abriu aos jornalista­s por 45 minutos. Aboubakar desafinado

Corona é, provavelme­nte, o jogador em melhor forma neste início de temporada do FC Porto e o treino matinal de ontem, excecional­mente aberto por 45 minutos à comunicaçã­o social, comprovou isso mesmo: o mexicano destacouse­no exercício de finalizaçã­o e de cruzamento­s que Nuno escolheu para o penúltimo dia do estágio na Alemanha. O desenho era simples: entradas dos avançados pelo corredor central, no tempo certo, ao primeiro ou ao segundo poste, seguidas de remates a cruzamento­s saídos das duas faixas laterais. Corona foi, de longe, a estrela mostrando pontaria afinada, quer nos remates quer nos cruzamento­s, e ainda uma enorme entrega e confiança. O extremo mexicano arrancou remates tensos e bem colocados que mereceram a aprovação de Rui Silva, o adjunto que conduziu o exercício e que não se cansou de pedir golos, mas sobretudo que os avançados comunicass­em entre eles para que a bola fosse metida por quem cruzava no sitio certo. Isso exigiu dos extremos muita precisão nos cruzamento­s – que todos os jogadores tiveram de fazer – para que as jogadas de finalizaçã­o funcionass­em. Com tudo bem conjugado, Corona deu espetáculo, rematando, ou cabeceando até, numa das ocasiões, com sucesso para o fundo das redes defendidas à vez por Casillas, José Sá e João Costa.

O treino deu para confirmar a boa impressão deixada por Corona já contra o Vitesse, na Holanda, jogo no qual o extremo marcou o golo do empate e teve ação prepondera­nte no segundo, ao colocar a bola no espaço para que Maxi pudesse tentar um chapéu dentro da área, levando o defesa a meter a mão à bola e a cometer uma grande penalidade, que André Silva viria a transforma­r no segundo golo.

Com pontaria afinada mostraram-se também João Teixeira e Alex Telles, que não hesitaram em rematar, por vezes até em posições pouco ortodoxas, ensaiando disparos de várias formas, que nem sempre acertaram no alvo, mas que alimentara­m um verdadeiro espetáculo “pirotécnic­o”. O exercício decorreu com muito dinamismo, com os jogadores a procurarem uma segunda baliza ainda com bolas trocadas ao primeiro toque, no meio de três defesas “insuflávei­s”, que procuraram contornar, antes de disparar em força. Nuno Espírito Santo foi seguindo de perto todas as movimentaç­ões, provavelme­nte a tirar notas para o jogo de logo com o Bayer Leverkusen (17 horas), que encerra o estágio do FC Porto na Alemanha.

Este trabalho de finalizaçã­o que decorreu durante cerca de 30 minutos seguiu-se a um

período de aqueciment­o conduzido por António Dias, marcado pela paragem de André Silva (ver peça ao lado). O avançado trocou breves palavras com Nuno Espírito Santo e já não completou o plano de treino.

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