Vitória dos operários
INTENSO Tondela emergiu dos resultados anémicos com uma vitória sobre o Marítimo marcada pela agressão de Dyego Sousa ao árbitro assistente
Uma agressão inadmissível, outra tonta, sete golos, um dos quais de grande penalidade e outro... um mirabolante autogolo redimido com a assistência para a vitória fizeram a história do Troféu Cidade da Mealhada – uma peça de museu que o Tondela levou para casa, à custa do Marítimo a quem Paulo César Gusmão proibira acomodação e que passou ao outro extremo, o da instabilidade, personificada em Dyego Sousa. O atacante foi o melhor e o pior da equipa que até entrou consistente no jogo, a passar facilmente pelo meio-campo e a tentar romper a hesitante defesa beirã, e se viu a perder num livre de Mamadu para Pica recordar que é especialista nos golos de cabeça. Sem desnorte (ainda), o Marítimo aguentou-se e chegou à vantagem: Fransérgio ganhou uma bola a meiocampo e correu para o 1-1 e, em cima do intervalo, a insistência de Fábio China na esquerda deu a Dyego Sousa o 2-1.
Petit chamou Fernando Ferreira para sossegar o meiocampo e foi ele quem, aos 55’, lançou Mamadu Candé para a área, onde Haghighi não conseguiu evitar a falta. Nazon, de penálti, empatou e Mamadu virou de novo o resultado a favor do Tondela, na receção rápida a um livre de Wagner. Foi só depois que, já no banco de suplentes, Dyego Sousa deitou tudo a perder, com uma agressão que fez aquecer o ambiente nos últimos minutos. Éber Bessa pontapeou Jaquité e foi expulso, mas foi já com dez que o Marítimo empatou, num autogolo de David Bruno, que transformou um alívio num chapéu a Cláudio Ramos. Pouco depois, porém, redimiu-se e cruzou para o 3-4 de Murillo, recém-chegado de cedência-relâmpagoaoNacional. O Tondela continua a com vocação para histórias emocionantes.
“Nesta fase, o mais importante não são os resultados, mas a equipa pôr em campo o que o míster pede nos treinos” Mamadu Candé Defesa do Tondela