O Jogo

DE GUSTAVO A RINALDO

Os 143 corredores cruzaram-se na apresentaç­ão de Oliveira de Azeméis e todos falaram de Gustavo Veloso, que procura o tri. Mas além do portista, também o líder do Sporting suscita curiosidad­e

- CARLOS FLÓRIDO

A 78.ª edição da maior corrida portuguesa terá cinco equipas de escalão superior aos das portuguesa­s, mas W52-FC Porto, Sporting-Tavira e também a Efapel concentram as atenções. São as favoritas

O imenso calor da tarde de Oliveira de Azeméis obrigou a instalar ventoinhas no jardim do centro da cidade, mas nada mais mudou na tradiciona­l apresentaç­ão das equipas que ali vão alinhar hoje na partida da Volta a Portugal, nem a música pimba intervalad­a com entrevista­s aos corredores no programa da RTP, nem o nome que domina as conversas. Gustavo Veloso, vencedor das duas últimas edições,éocl aro favorito, tanto por o traçado favorecer as suas caracterís­ticas, de contrarrel­ogista que sobe bem, como pela época avassalado­ra que a W52-FC Por totem feito .“Estou aqui para defender o número1 e tentar chegara Lisboa com a camisola amarela”, assumiu o galego de 36 anos, último a subir ao pódio da cerimónia, depois de por lá terem passado aqueles que se anunciam como seus maiores rivais: Jóni Brandão, outro dos destaques da época, depois de ter sido segundo na última Volta, e Rinaldo Nocentini, líder do SportingTa­vira e primeiro na corrida mais recente, o Grande Prémio de Torres Vedras.

“Chego com uma condição ó tim aep ara mime para a equipa foi muito importante ganharo Grande Prémio Joaquim Agostinho. Vamos tentar repetir na Volta a Portugal ”, atirou o italiano, que chega ao nosso país com 38 anos e afama deter liderado a Volta a França durante uma semana inteira, em 2009.“O Ri naldoé super descontraí­do, um colega muito bom. Um líder. Só lamento não ter chegado antes. Tem um palmar és enorme, ma sé humilde e bom companheir­o. Divertese e diverte a equipa”, revelou Hugo Sabido a O JOGO sobre a maior curiosidad­e da corrida, pois no currículo de “Noce” estão dois Tours, oito Giros e sete Vueltas.

Já se percebeu, aliás, ouviu-se ontem, que as equipas estrangeir­as, sendo este ano em maior número (12) e de evidente maior qualidade do que as das últimas duas edições, dificilmen­te se intrometer­ão na discussão da camisola amarela. Esse é um assunto português e as alternativ­as aos três maiores candidatos chegam da LAAntarte, com a dupla Alejandro Marque e Amaro Antunes – “espero subir dois degraus”, atirou o sorridente Marque, terceiro o ano passado e vencedor em 2013 –, ou até do intermináv­el Rui Sousa, que perto dos 40 anos diz ter “aspirações”.

“Tenho de me ver como favorito”, admitiu o portista Veloso, depois de Nocentini se ter rido quando O JOGO lhe perguntou como bateria o rival que já viu ganhar uma etapa da Volta a Espanha, em 2009. “Não sei!” Depois, a explicação: “Terá de ser antes do contrarrel­ógio, que lá será bom para ele. Terei de ganhar tempo antes. Mas esta Volta agrada-me. Não sou de montanhas longas, gosto de subidas antes das chegadas e aqui temos várias”. O italiano vem do maior escalão mundial, mas sente-se feliz. “O ciclismo português agrada-me muito. É diferente do WorldTour, mais combativo, o que se adapta às minhas caracterís­ticas.”

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