Bracali e Gegé abençoaram o estreante
Um golo de Gegé nos descontos tirou o Arouca de apuros sérios na estreia nas competições europeias. Bracali foi gigante O Arouca não entrou bem no jogo, demorou a adaptar-se ao piso sintético e viu o Heracles a andar sempre perto de Bracali. Golo de Gegé
O Arouca bem pode agradecer a Bracali, e também a Gegé, por ter saído da Holanda com a eliminatória viva. Em jogo de estreia para as duas equipas na Europa, o Heracles foi sempre superior e chegou a ameaçar com a construção de um resultado gordo, mas o guardaredes brasileiro não deixou, com defesas fantásticas, e per- mitiu ao Arouca empatar o jogo nos descontos. Um golo caído do céu, marcado por Gegé quando pretendia cruzar, depois de uma exibição com erros pouco habituais na equipa de Lito Vidigal. A adaptação ao piso sintético foi mesmo um problema.
Chegar ao intervalo sem golos sofridos não foi milagre, mas também não andou muito longe disso. O Arouca apresentou-se macio em Almelo, perdendo claramente o controlo do meio-campo e permitindo ao Heracles rápidas incursões no ataque, com passes colocados nas costas da defesa que não foram devidamente anulados. Foi assim que Navratil, sozinho com Bracali, logo aos dois minutos, perdeu a primeira ocasião. O falhanço incrível do Heracles não foi suficiente para a equipa de Lito Vidigal espevitar, jogando a uma velocidade inferior à do adversário, e envolvendo-se numa espécie de teia montada pelos holandeses, exímios na pressão na zona de construção de jogo do adversário. Impulsionados pelo apoio caloroso das bancadas, os jogadores do Heracles dispuseram de várias oportunidades de golo junto da baliza de Bracali durante a primeira parte. De resto, o guarda-redes brasileiro foi mesmo o melhor arouquense, espetacular quando voou e defendeu para canto uma bomba de Pelupessy aos 23 minutos. Falar do ataque do Arouca na primeira parte foi fácil e uma palavra serviu: inexistente.
Na segunda parte foi mais do mesmo. O Heracles continuou a apertar e o Arouca manteve o nível, ou seja, baixo, permitindo a Bracali brilhar intensamente. O guardaredes parou muitos remates holandeses, só ficando impotente quando Gladon aproveitou o espaço concedido por Nelsinho e Hugo Basto para marcar. Estavam decorridos 53 minutos e adivinhou-se o pior para o Arouca face à intensa pressão holandesa.