O Jogo

Bracali e Gegé abençoaram o estreante

Um golo de Gegé nos descontos tirou o Arouca de apuros sérios na estreia nas competiçõe­s europeias. Bracali foi gigante O Arouca não entrou bem no jogo, demorou a adaptar-se ao piso sintético e viu o Heracles a andar sempre perto de Bracali. Golo de Gegé

- Textos TOMAZ ANDRADE

O Arouca bem pode agradecer a Bracali, e também a Gegé, por ter saído da Holanda com a eliminatór­ia viva. Em jogo de estreia para as duas equipas na Europa, o Heracles foi sempre superior e chegou a ameaçar com a construção de um resultado gordo, mas o guardarede­s brasileiro não deixou, com defesas fantástica­s, e per- mitiu ao Arouca empatar o jogo nos descontos. Um golo caído do céu, marcado por Gegé quando pretendia cruzar, depois de uma exibição com erros pouco habituais na equipa de Lito Vidigal. A adaptação ao piso sintético foi mesmo um problema.

Chegar ao intervalo sem golos sofridos não foi milagre, mas também não andou muito longe disso. O Arouca apresentou-se macio em Almelo, perdendo claramente o controlo do meio-campo e permitindo ao Heracles rápidas incursões no ataque, com passes colocados nas costas da defesa que não foram devidament­e anulados. Foi assim que Navratil, sozinho com Bracali, logo aos dois minutos, perdeu a primeira ocasião. O falhanço incrível do Heracles não foi suficiente para a equipa de Lito Vidigal espevitar, jogando a uma velocidade inferior à do adversário, e envolvendo-se numa espécie de teia montada pelos holandeses, exímios na pressão na zona de construção de jogo do adversário. Impulsiona­dos pelo apoio caloroso das bancadas, os jogadores do Heracles dispuseram de várias oportunida­des de golo junto da baliza de Bracali durante a primeira parte. De resto, o guarda-redes brasileiro foi mesmo o melhor arouquense, espetacula­r quando voou e defendeu para canto uma bomba de Pelupessy aos 23 minutos. Falar do ataque do Arouca na primeira parte foi fácil e uma palavra serviu: inexistent­e.

Na segunda parte foi mais do mesmo. O Heracles continuou a apertar e o Arouca manteve o nível, ou seja, baixo, permitindo a Bracali brilhar intensamen­te. O guardarede­s parou muitos remates holandeses, só ficando impotente quando Gladon aproveitou o espaço concedido por Nelsinho e Hugo Basto para marcar. Estavam decorridos 53 minutos e adivinhou-se o pior para o Arouca face à intensa pressão holandesa.

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Defesa holandês, sem contemplaç­ões,carrega o avançado Zequinha pelas costas
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Enviado especial a Almelo, [Holanda]

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