O Jogo

Efapel responde à W52-FC Porto

Efapel acelerou nas subidas para eliminar os sprinters e conseguiu ganhar etapa e amarela

- CARLOS FLÓRIDO

As duas equipas mais fortes da época já iniciaram mais um entusiasma­nte duelo. Depois do triunfo da W52FC Porto no prólogo, a Efapel respondeu com classe em Braga. Para Fafe está prometida mais luta

Daniel Mestre cumpriu o sonho de vencer uma etapa e vestir de amarelo na Volta a Portugal, ao rematar em grande estilo uma etapa perfeita por parte da Efapel. Em Braga, e por sinal de acordo com o que tem sido a temporada de ciclismo, de luta intensa entre as duas maiores equipas, foi a vez de a W52-FC Porto perder, pois Rafael Reis descolou a subir para a Falperra e ficou logo aí sem a liderança – chegou a 4m47s –, Samuel Caldeira foi quarto num sprint que tentou vencer e Gustavo Veloso, servindo de lançador do algarvio, terminou logo a seguir. Embora corredores como José Gonçalves, que bonificou com o terceiro lugar e subiu a segundo da geral – tendo Mestre vestido de amarelo graças ao bónus de 10 segundos do triunfo –, ou o sportingui­sta Nocentini estejam bem colocados, ontem já se notou que há duas equipas poderosas, tornando-se a Volta ainda mais entusiasma­nte pelo facto de serem portuguese­s a vencer.

Já se sabia que a primeira etapa seria marcada pelas duas subidas do Bom Jesus até à Falperra, suficiente­s para se fazer uma primeira triagem. Depois de a W52-FC Porto ter liderado o pelotão ao longo da maioria dos 167 quilómetro­s, foi a Efapel a liquidar um ataque de Nikita Stalnov, líder da equipa de formação da Astana, ao acelerar a corrida de forma programada. “Se as subidas fossem feitas com alguma dureza, seria difícil os sprinters chegarem no grupo da frente”, explicou Américo Silva a O JOGO. A Efapel reduziu o pelotão a 54 corredores, além dos velocistas e de Rafael Reis deixou pelo caminho gente como Edu Prades, Bruno Pires e Franco Pellizotti, e preparou o terreno para Daniel Mestre, um homem rápido, mas não puro sprinter.

No pelotão continuava Davide Vigano, o italiano que vencera na mesma reta da meta há dois anos, mas Mestre está este ano mais forte e foi bem lançado por Filipe Cardoso. “Queríamos a etapa e a amarela foi um bónus”, comentou Joni Brandão, feliz pelos colegas. Além de Vigano, Mestre batia José Gonçalves, de idênticas caracterís­ticas, e os dois portistas. “Não gostamos de perder, mas quando perdemos é lutando”, desabafou Gustavo Veloso, preparado para responder hoje, em Fafe. Mais uma vez, sobe-se a poucos quilómetro­s do final, mas desta vez em... terra batida.

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