Golos e velocidade deixam água na boca
A 15 dias de receber o Benfica, na abertura da Liga, o Tondela deu festival ante um Belenenses anémico, a precisar de muitas afinações
O Tondela venceu o Belenenses e arrecadou a primeira Taça Municipal Fornos de Algodres, num desafio em que os jogadores não tinham números nas camisolas, o que desagradou aos mais de cem espectadores que pagaram bilhete de dois euros. Os beirões entraram fortes, com Bruno Monteiro e Fernando Ferreira a controlarem o meio-campo, e um tridente ofensivo veloz composto por Wagner, Murillo e o avançado Crislan disponível na estreia. Aos 7’, Murillo, lançado por Wagner, atirou ao lado, sozinho frente ao guardião Ricardo Ribeiro. Cheirava a golo e o treinador Petit não se cansava de incen- tivar e corrigir os atletas, que correspondiam com excelentes lances – Wagner foi muito rematador. Sem surpresa, surgiu o golo de Miguel Cardoso após cruzamento de Crislan. Devido ao intenso calor, o jogo parou à meia hora para permitir a hidratação dos jogadores. Só dava Tondela, e Crislan, muito castigado com faltas, respondeu com um golaço a uma bola corrida metida por Murillo. O Tondela foi superior em todas as vertentes do jogo e acrescentou-lhe a garra e a alma próprias do seu treinador. O Belenenses deu um ar da sua graça na segunda parte, mas, quando se abriu uma nesga na defesa beirã, surgiu uma sentinela, Fábio Nunes (80’), a negar-lhe o golo. O Tondela de Petit deixou excelentes indicadores para o jogo inaugural da Liga frente ao Benfica. Já a equipa de Julio Velásquez necessita de mais entrosamento e agressividade ofensiva.
“Não estava a sentir-me cómodo no Nacional. Estou feliz”
Jhon Murillo
Jogador do Tondela