FILIPA E DIOGO EM ESTREIA RENTE SONHA COM PÓDIO
Ginasta Ana Rente, que já esteve nas edições de Pequim’08 e Londres’12, vai apadrinhar a estreia olímpica de Diogo Abreu e Filipa Martins na equipa de ginástica no Rio’16
Nos Jogos do Rio de Janeiro apenas estarão representados os melhores ginastas do ranking mundial, em trampolins e artística, e Portugal tem três atletas apurados. Algumas potências ficaram de fora
Só o facto de participarem nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro já é um enorme feito para os três ginastas nacionais. Diogo Abreu e Ana Rente (trampolins) e Filipa Martins (artística) ultrapassaram um sistema de apuramento cada vez mais apertado e agora sonham superar-se no Brasil, em especial Ana Rente, que nem descarta lutar por uma medalha. “Vou superar-me no treino, pensar primeiro em chegar à final e depois aí é ver o que dará a série para poder, quem sabe, sonhar com a conquista de uma medalha”, disse a O JOGO a ginasta, treinada por Carlos Nobre, que vai para a terceira presença olímpica, depois de ter estado em Pequim’08 (16.º lugar) e Londres’12 (11.ª posição). “Em Pequim estava maravilhada com a estreia e o Nuno Merino disse-me para encarar a competição como se fosse um distrital. Fiquei confusa mas, só após a competição, percebi o que ele queria dizer. A envolvência, o ambiente e o barulho mexeu muito comigo e fui apanhada de surpresa”, admitiu a ginasta de Coimbra, considerando que essa experiência foi a base para a evolução, alcançando depois um melhor resultado nos Jogos de Londres. “Não gosto de me sentar, de descansar, nem de vestir roupa antes da prova. São 20 anos a competir e percebemos que reagimos a certos estímulos, que nos ajudam a perceber o que correu melhor ou pior, e que vão resultando para alcançarmosuma pontua-ção mais elevada”, concluiu Ana Rente, explicando como sente os momentos antes da competição.
Ao contrário de Rente, Diogo Abreu vai fazer a estreia olímpica. “A primeira etapa era chegar aos jogos e essa pressão já não tenho, mas sou muito competitivo e vou para o Rio para fazer o meu melhor. Serão os meus primeiros Jogos Olímpicos e sou realista, mas vou arriscar ao máximo para conseguir o melhor resultado para Portugal no sector masculino”, referiu o ginasta do Sporting, admitindo: “No início sentia-me maisnervosoantes daspro-vas, mas agora encaro-as com maior naturalidade. Vou sempre com o intuito de me divertir ao máximo porque o mais importante é um atleta gostar daquilo que faz.” Gustavo Simões, que também estava apurado e ia estrear-se, em ginástica artística, foi uma baixa de última hora, depois de uma lesão nopé esquerdo oim-pedir de seguir para o Rio de Janeiro.