O Jogo

Mestre seguro na festa de Gavazzi

Percurso em terra batida não mexeu na liderança

- CARLOS FLÓRIDO

Francesco Gavazzi venceu em Fafe, Daniel Mestre manteve a camisola amarela e o Salto da Pedra Sentada não foi mais do que uma imagem bonita, pois a verdadeira luta tinha sido bem antes

“Tivemos um dia complicado, não por controlar a corrida, porque isso já sabíamos que iríamos fazer, ao assumir a nossa liderança, mas infelizmen­te devido à queda de três ciclistas logo no início da etapa”, contou Joni Brandão a O JOGO, já no descanso do seu hotel. A sua Efapel manteve a camisola amarela de Daniel Mestre, a classifica­ção da Volta a Portugal apenas mexeu com as bonificaçõ­es de José Gonçalves, que foi segundo no sprint de Fafe, e a subida de Gustavo Veloso ao sétimo lugar, por beneficiar de um corte de tempo no final e também bonificar, mas na meta volante de Barroselas, e o famoso troço de terra batida, anunciado como grande novidade, nada alterou na corrida.

A festa de ontem foi de Francesco Gavazzi, um puro sprinter, e isso normalment­e diz quase tudo de uma etapa. Se o velocista da Androni Giocattoli chegou ao final na frente, foi porque não houve nenhum ataque significat­ivo, nem durante os 160 quilómetro­s de Viana do Castelo a Fafe – um grupo de 10 fugitivos, do qual César Fonte foi quem mais resistiu, sendo apanhado só na terra, nunca foi além dos 3m35s de vantagem – nem na subida do troço da Lameirinha, celebrizad­o no Rali de Portugal.

Os momentos mais importante­s do dia foram logo à saída de Viana, quando uma queda coletiva deixou Rui Sousa ferido e preocupou a Efapel. “O Nuno Almeida ficou bastante maltratado, o Rafael Silva e o António Barbio tiveram de trocar de bicicleta e isso tornou a etapa difícil. Eles provaram ser verdadeiro­s guerreiros, porque ainda fizeram uma etapa tremenda”, explicou Joni Brandão.

Se o líder da equipa que tem a camisola amarela em Daniel Mestre admitiu a jornada sofrida, Gustavo Veloso sentiu a dureza das estradas minhotas, mas foi protagonis­ta. “Havia uma meta volante ao quilómetro 10, estávamos todos juntos e eu bem colocado, portanto, sprintei. Não era a intenção inicial, mas as oportunida­des não são para perder”, anotou o bivencedor da Volta, que quando entrou na terra foi com a W52-FC Porto para a frente. “Foi mais importante o facto de ser a subir do que ser em terra. Estávamos na frente para não ter riscos, não ir no pó e fugir a quedas. Era de esperar que se formasse um grupo pequeno, mas que os restantes recuperass­em”. Em Fafe, e mesmo tentando sprintar, Veloso soube depressa que não ganharia, “quando o José Gonçalves passou por mim”. O quinto lugar, no entanto, permitiulh­e ganhar mais uns segundos à maioria.

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