O Jogo

VELEJADORE­S PENSAM EM DIPLOMAS NO RIO’2016

Numa equipa liderada pelo veteraníss­imo João Rodrigues, lusos não assumem a luta pelas medalhas e consideram lugar entre os oito primeiros uma meta mais realista

- RODRIGO CORTEZ CATARINA DOMINGOS

Os portuguese­s da vela foram dos primeiros a chegar ao Rio de Janeiro, entrando em ação a partir do dia 8 de agosto na Marina da Glória, palco que tem sido o centro das atenções devido à poluição existente

Dois atletas com larga experiênci­a olímpica, uma dupla estreante e uma única mulher: é assim composta a equipa de velejadore­s portuguese­s no Rio, onde já estão há uma semana, tendo sido dos primeiros a viajar para o Rio de Janeiro. João Rodrigues (RS:X), Gustavo Lima (laser), Jorge Lima/José Costa (49er) e Sara Carmo (laser radial) compõem o contingent­e mais curto da vela numa edição dos Jogos desde Seul’1988, altura em que Portugal esteve representa­do por três atletas. Ainda que se trate de uma modalidade que já rendeu quatro medalhas olímpicas a Portugal, desta vez as aspirações são mais modestas, sendo mais realista pensar em diplomas (até ao oitavo lugar), como considera Gustavo Lima. “Se ficar entre os oito primeiros, já será claramente um bom resultado”, conta o atleta de 35 anos, que vai para a quinta presença nos Jogos e, noutras edições, ficou sempre à beira do pódio. No Rio de Janeiro, vai praticamen­te sentir-se em casa, pois foi ali que nasceu. “Já fui um atleta de elite, mas agora tenho consciênci­a de que se esta prova se realizasse num sítio com condições atmosféric­as mais convencion­ais, eu não teria qualquer hipótese. E isso tem sido um dos meus fatores de motivação: saber que esta prova no Rio de Janeiro pode vir a ter condições tão instáveis que as coisas podem vir a correr bem”, acrescenta.

Apesar de “chocados” com a poluição da Marina da Glória, Jorge Lima e José Costa, dos primeiros lusos deste ciclo a carimbar o passaporte olímpico, consideram que “o Rio de Janeiro é muito especial”. “De certeza vai haver muitas surpresas na classifica­ção e por isso acreditamo­s que só o momento vai definir o que será ou não possível conquistar”, anteveem.

Já Sara Carmo, que esteve em Londres’2012, tem aspirações mais modestas. “Ainda não tive resultados que me permitam pensar em competir com a aspiração de ganhar medalhas. Favoritas são uma holandesa, uma belga e uma chinesa; essas são as três que têm estado sempre muito regulares no top 10 em todas as regatas”, justifica.

Comitiva: desde Seul’1988, onde estiveram três velejadore­s nacionais, que não se via uma representa­ção tão curta da modalidade nos Jogos

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José Costa, Sara Carmo, Gustavo Lima e Jorge Lima estiveram na apresentaç­ão da equipa olímpica de vela

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