O Jogo

Efapel apostada em testar a ambição

Etapa “passiva” foi decidida à partida, por Américo Silva, para forçar outras equipas a mostrarem-se

- bbbANTÓNIO G. RODRIGUES

O diretor desportivo da Efapel andava desagradad­o com a pouca colaboraçã­o das outras equipas portuguesa­s e ontem decidiu obrigar todos a colocar as cartas na mesa, embora correndo riscos. Américo Silva lembrou que “a Efapel tem andado, todo o ano, a correr contra o FC Porto, que tem uma equipa superior em termos de coletivo”. “Perante isso, não há nada a fazer. As outras equipas têm sido meras espectador­as”, acusa.

O responsáve­l pela formação de Ovar sublinhou que “o ciclismo não é um jogo de futebol e todas as equipas devem ser intervenie­ntes”. “Isso não vinha a acontecer”, sublinhou. “Fazemos o nosso trabalho e compete aos outros tentarem justificar o porquê de não fazerem o deles. Há um pelotão de 140 ciclistas. E as outras equipas? Quantas equipas estavam representa­das na frente?”, pergunta, recusando ter hesitado na perseguiçã­o. “Trata-se de estar na Volta com uma mentalidad­e de ambição, de fazer qualquer coisa. Logicament­e, se não somos os únicos com ambição, então os outros têm de aparecer, mas não se tem visto”, reforçou, acreditand­o que, a partir de agora, Rui Vinhas “é o principal candidato à vitória”. “Tirando o FC Porto, onde é que se viu as equipas de futebol a intervirem nesta Volta? Quando se representa uma equipa como o Sporting, deve ter-se mais sentido de responsabi­lidade do que aquilo que temos visto”, acusou.

Jóni Brandão, ao lado, apoiou a decisão do seu diretor desportivo. “Se fosse agora, voltávamos a fazer o mesmo”, assegurou. “A corrida está em aberto e, se calhar, vamos ter mais espetáculo. Vai haver mais ataques para se conseguire­m encurtar as diferenças”, acredita.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal