Efapel apostada em testar a ambição
Etapa “passiva” foi decidida à partida, por Américo Silva, para forçar outras equipas a mostrarem-se
O diretor desportivo da Efapel andava desagradado com a pouca colaboração das outras equipas portuguesas e ontem decidiu obrigar todos a colocar as cartas na mesa, embora correndo riscos. Américo Silva lembrou que “a Efapel tem andado, todo o ano, a correr contra o FC Porto, que tem uma equipa superior em termos de coletivo”. “Perante isso, não há nada a fazer. As outras equipas têm sido meras espectadoras”, acusa.
O responsável pela formação de Ovar sublinhou que “o ciclismo não é um jogo de futebol e todas as equipas devem ser intervenientes”. “Isso não vinha a acontecer”, sublinhou. “Fazemos o nosso trabalho e compete aos outros tentarem justificar o porquê de não fazerem o deles. Há um pelotão de 140 ciclistas. E as outras equipas? Quantas equipas estavam representadas na frente?”, pergunta, recusando ter hesitado na perseguição. “Trata-se de estar na Volta com uma mentalidade de ambição, de fazer qualquer coisa. Logicamente, se não somos os únicos com ambição, então os outros têm de aparecer, mas não se tem visto”, reforçou, acreditando que, a partir de agora, Rui Vinhas “é o principal candidato à vitória”. “Tirando o FC Porto, onde é que se viu as equipas de futebol a intervirem nesta Volta? Quando se representa uma equipa como o Sporting, deve ter-se mais sentido de responsabilidade do que aquilo que temos visto”, acusou.
Jóni Brandão, ao lado, apoiou a decisão do seu diretor desportivo. “Se fosse agora, voltávamos a fazer o mesmo”, assegurou. “A corrida está em aberto e, se calhar, vamos ter mais espetáculo. Vai haver mais ataques para se conseguirem encurtar as diferenças”, acredita.