O Jogo

Telma a liderar grupo promissor

Melhor judoca lusa de sempre volta a ser a grande esperança olímpica, mas os restantes companheir­os também podem surpreende­r

- CATARINA DOMINGOS

Numa comitiva mais alargada do que em Londres’2012, Sergiu Oleinic, Nuno Saraiva, Célio Dias e Jorge Fonseca são estreantes. Joana Ramos vai pela segunda vez aos Jogos

Desde que Nuno Delgado foi medalha de bronze em Sydney’2000, o cresciment­o do judo nacional foi notório e, dessa altura para cá, Portugal tem estado nos Jogos Olímpicos sempre com atletas com aspirações a lutar por um lugar no pódio. A comitiva que vai marcar presença no Rio’2016, com mais dois elementos em relação a Londres’2012, não é exceção e Telma Monteiro, Joana Ramos, Sergiu Oleinic, Nuno Saraiva, Célio Diase Jorge Fonseca podem ambicionar um resultado positivo. Mas, invariavel­mente, todas as atenções vão estar viradas para a primeira, considerad­a, de forma unânime, a melhor judoca portuguesa de todos os tempos e que vai para a quarta presença em Jogos.

Apesar do incrível palmarés de 11 medalhas de Europeus (cinco ouros, uma prata e um

Telma Monteiro ataca a medalha que lhe falta, a olímpica bronze), quatro pratas em Mundiais e outras tantas em eventos do Grand Slam, à atleta do Benfica continua a escapar uma medalha olímpica. “Em algum ponto as minhas adversária­s têm sido melhores do que eu. Desde os 18 anos que as pessoas me conhecem, não há segredo nenhum, não há nada que as pessoas não possam saber da minha maneira de lutar e, por vezes, isso acaba por ser uma vantagem para as minhas adversária­s. Sinceramen­te acho que não falta nada, acho que elas têm sido melhores e, eu aceitando isso, consigo também pensar que posso ser melhor”, conta a portuguesa de 30 anos, que não olha para o Rio’2016 como uma última oportunida­de.

Telma Monteiro foi operada há cinco meses ao joelho esquerdo, o que a fez perder algumas posições no ranking, garantindo que está a cem por cento para “ganhar a qualquer adversária”, até porque foi logo bronze no Grand Prix de Budapeste, a primeira prova que disputou após a paragem, em junho. “Fiquei feliz por sentir que o meu joelho está pronto para os desafios que tem de enfrentar no Rio e na preparação e isso deixou-me mais tranquila”, concluiu.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal