Tanto esplendor cria mais pressão
Sorteado o campeonato tido como o melhor do planeta, com o bicampeão (Benfica) a manter uma estrutura forte
Como é hábito, os quatro primeiros da última época (Benfica, FC Porto, Oliveirense e Sporting) cruzam-se nas cinco jornadas finais de cada volta. Jogadores espanhóis de reconhecida classe são mais-valias
Seja qual for o sorteio, a primeira jornada é a que desperta o primeiro alarido. No caso particular do Nacional da I Divisão 2016/17, tal facto aplica-se a um Benfica-Valongo ou a um FC Porto-Óquei de Barcelos, no dia 1 de outubro. Mas é pouco, pelo menos para quem garante ser esta liga a melhor do mundo, precisamente por oferecer, neste defeso, mais uva do que parra. Se a ideia de deixar para as cinco jornadas finais de cada volta os jogos entre o quarteto que encabeçou a última edição elevar a indefinição rumo ao título, então a coisa irá mesmo prometer. Antes, porém, importa lembrar que o Benfica, bicampeão nacional e detentor da Liga Europeia, (quase) não mexeu num plantel que deverá continuar forte e (ainda) mais entrosado.
Diferente é a perspetiva de FC Porto, Oliveirense e Sporting, que foram ao outro lado da fronteira contratar alguns “monstros”,comoéocaso,por exemplo de Pedro Gil (Sporting), Jordi Bargalló (Oliveirense) ou Carles Grau (Porto). São trintões, é verdade, mas o dinheiro no hóquei espanhol já não abunda e a seleção está a renovar-se. Por falar em seleção, convém sublinhar que o melhor campeonato do planeta é também o que se joga no país que há três semanas foi campeão europeu. Como nota de rodapé de um sorteio que oferece no início do ano um Benfica-FC Porto (7 janeiro) e fecha com um Sporting-Benfica (17 junho), convém não esquecer o maior candidato a outsider: o Óquei de Barcelos, vencedor da Taça CERS.