O Jogo

CONQUISTAD­OR COM ARMADURA FRÁGIL

João Sousa não vive um bom momento e disse a O JOGO que fisicament­e não está, há já alguns meses, a 100 por cento

- MANUEL PEREZ

Vimaranens­e perdeu numa primeira ronda, pela segunda vez seguida, e a poucos dias do início (próxima semana) do US Open, assume não estar nas melhores condições em termos físicos

As memórias das passagens de João Sousa pelo Winston-Salem Open estão longe, muito longe, de serem as melhores. O torneio da categoria ATP250 que se joga nos Estados Unidos é o único no qual o português nunca ganhou um encontro, em quatro participaç­ões consecutiv­as, desde 2013! Próximo desse terrível registo, só as três derrotas de entrada nas últimas edições do Estoril Open. Anteontem (já na madrugada portuguesa), o minhoto perdeu, por 2-6 e 4-6, com YenHsun Lu, um jogador da China Taipé, de 33 anos, que ocupa a 72.ª posição no ranking e venceu o 12.º encontro seguido. Tratando-se de um verdadeiro “papa-challenger­s”(24títulos em 40 finais!), Lu chegou ao torneio na Carolina do Norte como campeão em Surbiton e Ilkley, acrescenta­ndo, já em solo americano, mais duas vitórias aos dez encontros em que se superioriz­ou à concorrênc­ia na relva inglesa.

Antes deste desaire, Sousa (36.º mundial e isento da primeira ronda) perdera, recorde-se, com o australian­o Bernard Tomic, no Masters de Cincinnati. O último set que ganhou, foi na segunda ronda dos Jogos Olímpicos do Rio, por 6-1 (!), diante do argentino Juan Martín del Potro, no desafio que perdeu (3-6, 6-1, 3-6) com o futuro medalhado de prata...

Mas se no Brasil já dera indicações de não ter a frescura física ideal, no encontro com Lu voltou a assustar, ao pedir assistênci­a no final do primeiro set. “Foi uma pequena dor nas costas, pois apenas me sentia bloqueado e o fisioterap­euta ajudou um pouquinho”, justificou a O JOGO.

Sabendo-se que o Conquistad­or não gosta de recorrer às desculpas nas horas menos boas, optando por evidenciar facetas tão conhecidas como espírito de luta, sacrifício e capacidade de superação, fez, contudo, questão de aprofundar um pouco mais a razão desta fase negativa: “A verdade é que fisicament­e não estou a 100 por cento. Aliás, tal acontece há já alguns meses e isso, obviamente, condiciona as minhas exibições, mas tenho vindo a trabalhar para que fisicament­e possa estar ao mais alto nível.”

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