Rosa Mota lamenta “só uma medalha”
A antiga campeã olímpica deu o exemplo de Mamona para indicar um dos bons resultados
Aos 58 anos e já longe das pistas de atletismo e das maratonas, Rosa Mota foi ao Rio de Janeiro como vice-presidente do COP. Com o sorriso no rosto que a caracteriza, a antiga atleta faz, tal como o dirigente máximo do organismo, José Manuel Constantino, um balanço positivo da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos. “Estávamos em casa. Tivemos o povo brasileiro a aplaudir o nome dos atletas. Fomos muito acarinhados no Rio de Janeiro. Por isso, saio muito satisfeito, o ambiente foi muito agradável eép ena só ter conquistado a medalha da Telma Monteiro. Apesar de todos quererem medalhas, há resultados que, embora não sendo medalhados, foram muito bons, como o da Patrícia Mamona, que fez uma excelente prova, mesmo sem atingir o pódio ”, analisou a campeão olímpica da maratona em 1988, dando uma palavra de conforto aos atletas que sentiram que ficaram aquém das expectativas: “Eles fizeram o melhor que puderam. Claro que a medalha da Telma merecia companhia de outros atletas e também tivemos provas fracas, também temos de reconhecer isso, não vamos dizer que foi tudo bom. Alguns atletas regressam tristes e frustrados porque não conseguiram realizar os seus sonhos e objetivos, mas vão dar a volta por cima.”
A maratona, disciplina do atletismo no qual Rosa Mota tão bem representou Portugal enquanto atleta de alta competição, não correu muito bem às cores nacionais nos Jogos Olímpicos: Dulce Félix terminou a prova na 16.ª posição, enquanto Jéssica Augusto e Sara Moreira não chegaram ao fim, devido a problemas físicos. Contudo, a antiga campeã olímpica preferiu não abordar diretamente esta polémica. “Só as atletas em questão podem explicar por que desistiram. Pela minha experiência, sei que não há nenhum atleta que esteja em prova que goste de desistir. Quando desiste, é porque não tem mesmo condições para continuar. A desistência marca muito o atleta e ninguém gosta de desistir. Elas agora têm de encontrar o melhor caminho para lidar com o que aconteceu”, frisou.
“Ninguém gosta de desistir de uma prova... é algo que deixa marcas” “O ambiente foi muito agradável e é pena só termos conquistado uma medalha” Rosa Mota vice-presidente do COP