O Jogo

Marega animou festival de golos

Vitória saiu a cantar mais de quatro anos depois da última vez que recebera e batera o Paços

- MELO ROSA

André Leal abriu as contas antes do primeiro minuto de um jogo em que o Vitória soube dar a volta com classe e qualidade. Os dois golos de Pedrinho já chegaram tarde

Grande jogo – assim vale a pena ir à bola e pagar bilhete. Vitória de Guimarães e Paços de Ferreira proporcion­aram um autêntico espetáculo de gala. Não é, de facto, todos os os dias que se vê oito golos num jogo do nosso campeonato, ainda por cima com emoção logo a partir dos primeiros segundos.

Sem ganhar ao Paços, em casa e para o campeonato, desde 1 de abril de 2012, o Vitória ficou impávido e sereno a assistir à entrada fulgurante da equipa de Carlos Pinto, quando André Leal, estavam decorridos 46 segundos, concluiu um golpe de mestre de Welthon. Reação pronta da equipa de Pedro Martins, que empatou na sequência de um lance de bola parada: desvio de Marega após canto de Rúben Ferreira com escala na cabeça de Josué.

O ritmo continuava frenético e, três minutos depois, o mesmo Josué, que já participar­a no lance do empate, viu serlhe mal anulado um golo quando, na verdade, não estava em fora de jogo. Erro do assistente João Jacob. O desejo, bem expresso, do Vitória de dar a volta ao texto seria, contudo, consumado pouco depois, quando Mateus, numa cabeçada sem hipótese para Defendi, meteu a bola na própria baliza. Estava dada a cambalhota no resultado, que só não teve mais golos até ao intervalo porque o Vitória tirou o pé do acelerador e o Paços não concluiu alguns lances de perigo.

O brilho do Vitória intensific­ou-se na segunda parte. Com quatro minutos, Raphinha partiu os rins a João Góis e Ma- rega rematou para o 3-1. Cinco minutos depois, outra obra de arte, desta vez numa cabeçada de Hurtado a dar o melhor seguimento a um cruzamento de João Aurélio. Os vitorianos não ficaram por aqui e Soares, de penálti, fez o quinto, após falta clara de Defendi sobre Marega. Os pacenses pareciam arrumados, mas um golaço de Pedrinho deu-lhes alguma motivação e o mesmo jogador, de grande penalidade – também bem ajuizada –, fechou as contas de um jogo para recordar por muitos e bons anos.

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