O Jogo

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afa passou de grande reforço potencial do Benfica a arma de arremesso entre Braga e o agente FIFA que o representa. Por ora, com o tempo a passar, o jogador continua com o futuro por definir e metido numa guerra que não é a dele. Mais ainda, ao não assinar já pelo Benfica, forçando os minhotos e o agente a entenderem-se, seja a bem ou a mal, Rafa tem demonstrad­o por eles um respeito não correspond­ido. Até ao momento, António Salvador e António Araújo têm dirimido pontos de vista. Discutem se houve ou não intervençã­o do agente. Há um documento a prever uma compensaçã­o pela intermedia­ção de um eventual negócio; o negócio fez-se e o empresário pretende receber a comissão contratual­izada. O Braga confirma o acordo com o Benfica, mas sustenta ter sido negociado diretament­e entre os presidente­s, não se achando, por isso, devedor de comissões. Enquanto uns e outros trocam comunicado­s, Rafa treina no Braga e está cada vez mais pressionad­o por ambos os lados. José Peseiro não conta com ele, afirmou que não estava em condições para defrontar o Rio Ave e não o convocou. Ontem, foi compelido a fazê-lo, como se uma semana depois, com o aumento das confusões, estivesse agora capaz de jogar e marcar golos. Horas depois da pressão minhota, Rui Vitória afirmou que Rafa não é jogador do Benfica e não sabe sequer se virá a ser. O contra-ataque é forte? É só mais um esticar de corda. No meio de tanta disputa, ainda correm o risco de se esquecer qual é a verdadeira razão da disputa. Rafa, afinal aquele cujo futuro está em causa, anda de um lado para o outro ao pontapé, como se fosse a bola.

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