O Jogo

3 QUESTÕES A FERNANDO MENDES

“Joguei com um bom contrato à espera”

- Antigo jogador de Sporting e FC Porto

1 Em que medida pode o aproximar do fecho do mercado de transferên­cias influencia­r os jogadores de Sporting e FC Porto que neste domingo vão estar frente a frente no clássico de Alvalade?

—Pela incerteza se saem ou se ficam, é lógico que influencia sempre. Mas são profission­ais e têm de se dedicar ao clube em que estão de momento. É sempre complicado para os jogadores. Nunca sabem o que pode acontecer. A possibilid­ade de jogarem pode condiciona­r o meter o pé. A cabeça não funciona da mesma maneira, não é agradável para os jogadores.

2 Por decisão técnica ou presidenci­al, deixar os jogadores de fora para os proteger é a solução mais convenient­e?

—Pode acontecer isso, sim. Quando os negócios estão quase fechados, como era o caso da transferên­cia de João Mário para o Inter, deixar o jogador de fora pode ser uma forma de protegê-lo e também de defender o negócio. Já aconteceu um jogador alinhar e depois aleijar-se. Veja-se o que aconteceu há poucos anos com Salvio, no Benfica: lesionou-se e o negócio foi por água abaixo.

3 Enquanto jogador, aconteceu-lhe entrar em campo já com tudo certo com outro emblema?

—Sim. Quando saí do Belenenses, em 1996, tinha tudo acertado com o Rayo Vallecano, já a duas jornadas do final do campeonato português. O último jogo até foi no Estádio das Antas, frente ao FC Porto, que já era campeão, e o Belenenses também já tinha a sexta posição assegurada. Pensei muito no assunto antes e durante o jogo, claro. Tinha 29 anos e joguei com um bom contrato à espera na liga espanhola, com um aumento significat­ivo de salário face ao que ganhava no Belenenses. Mas queria despedir-me em grande e até havia a hipótese de levantar o pé, uma vez que esses dois últimos jogos já não contavam. Mas depois até acabei por ir para o FC Porto e não para o Rayo...

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