FERIDAS EUROPEIAS CURADAS COM VITÓRIAS
A tendência da última década é favorável. A seguir a uma derrota europeia, os dragões só perderam em 10 por cento dos jogos seguintes
O FC Porto venceu na Choupana, na época passada, na ressaca da derrota europeia contra o Chelsea e prepara-se para enfrentar o Nacional, amanhã, num contexto muito semelhante
A Choupana é quase um jogo de tripla quando se trata do FC Porto, depois de uma derrota, um empate e uma vitória somados nas três últimas deslocações à Madeira para defrontar o Nacional, em jogos do campeonato. Neste contexto e tendo em conta a derrota com o Leicester (1-0) na Champions, havia que perceber qual a tendência dos azuis e brancos a seguir a uma derrota nas competições europeias e os números revelam que a reação tem sido positiva. Analisada a última década do FC Porto nas competições da UEFA, os azuis e brancos somam 30 derrotas e nos jogos imediatamente a seguir percebe-se facilmente que souberam reagir vencendo em 21 ocasiões, empatando seis vezes e sofrendo apenas três derrotas.
A tendência é favorável e, curiosamente, este cenário já se verificou na época passada. A seguir à derrota com o Chelsea (2-0), em Stamford Bridge, que consumou o afastamento dos azuis e brancos dos oitavos de final da Champions e os empurrou para a Liga Europa, o FC Porto viajou até à Choupana, cinco dias depois, e venceu (1-2), invertendo até uma tendência das duas épocas anteriores onde, como já se disse no início, tinham empatado a um golo (2014/15) e perdido (2-1) em 2013/14. Essa deslocaçãodaépocapassadaàChoupana, recorde-se, ficou marcada por condições atmosféricas muito particulares, com o nevoeiro a obrigar o árbitro Jorge Sousa a interromper o jogo aos 67 minutos e a reatá-lo 21 horas depois, para jogar os 23 mi- nutos que faltavam para cumprir os 90.
As três derrotas do FC Porto que se seguiram a um desaire europeu remontam à passagem de Jesualdo Ferreira pelo banco dos azuis e brancos entre 2006/07 e 2009/10. Duas surgiram em Braga, em 2006/07 e 2009/10 e a terceira aconteceu mesmo em pleno Dragão, no célebre jogo que levou o Leixões a provocar a surpresa da 6.ª jornada do campeonato ao vencer o FC Porto (2-3), em 2008/09.