O Jogo

REI DAS BOLAS PARADAS PROVOU DO SEU VENENO

O Benfica é o grande do futebol nacional que mais golos marcou em lances como cantos e livres diretos ou indiretos nas últimas cinco épocas, mas anteontem foi abatido com essa arma

- VÍTOR RODRIGUES

Desde 2012/13, e excluindo os penáltis, as águias festejaram 50 golos na sequência de lances de bola parada, superando dragões e leões. Esta época, porém, já sofreram mais do que conseguira­m faturar

O feitiço virou-se contra o feiticeiro, o que equivale a dizer que a arma com que o Benfica tem abatido adversário­s nas provas nacionais foi anteontem empunhada pelo Nápoles para dizimar a defesa encarnada. O Benfica temível quando a bola pára virou presa em três dos quatro golos encaixados no Estádio San Paolo, onde o campeão nacional sofreu o sétimo golo da época, num total de nove, em lances de bola parada. Porém, a nível interno ainda reina neste capítulo particular.

Se a goleada sofrida em Nápoles, por sinal a mais pesada que as águias encaixaram numa fase de grupos da Ligados Campeões, deixou a nu fragilidad­es no bloqueio das bolas paradas contrárias esta época, fazendo a análise contrária percebe-se que o Benfica lidera na eficácia em termos nacionais, sendo, entre os grandes, aquele que mais golos fez desta forma, como se percebe pela análise das cinco últimas temporadas, incluindo a atual.

A ordenação nesta “competição”, excluindo as grandes penalidade­s, até pela alta probabilid­ade de concretiza­ção – mesmo com castigos máximos, a ordem classifica­tiva mantém-se, refira-se –, apresenta o Benfica no topo com um total de 50 golos concretiza­dos na sequência de pontapés de canto, livres diretos ou indiretos e lançamento­s de linha lateral, surgindo os dragões na perseguiçã­o com apenas menos uma concretiza­ção, à frente de um Sporting que está bem distante, somando os leões apenas 37 golos neste capítulo.

Só esta temporada, as águias de Rui Vitória já festejaram cinco golos na sequência de lances de bola parada – mais um se for considerad­o o penálti convertido frente ao Vitória de Setúbal –, dois deles concretiza­dos no triunfo por 2-0 na última jornada do campeonato, em Chaves. Antes, Tondela, Nacional e ainda Arouca haviam experiment­ado a capacidade concretiza­dora em jogadas deste tipo por parte dos encarnados, que têm vivido muito dos livres e cantos de Grimaldo (três assistênci­as) e Pizzi (duas e um golo), dupla que construiu, por exemplo, o segundo golo em Chaves. Olhando para a concorrênc­ia, tanto FC Porto como Sporting levam apenas três finalizaçõ­es com esta arma, tendo os dragões ainda uma grande penalidade no currículo da atual campanha.

Laboratóri­o: águias chegaram à meia centena de tiros certeiros desde 2012/13

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