O Jogo

O JOGO QUE FALTA

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convocatór­ia de Gelson para a Seleção vem confirmar várias coisas: a grande escola de extremos que Portugal constitui, o rápido cresciment­o de uma potencial estrela e ainda essa ironia que é a de a traiçoeira partida de Carrillo ter tido pelo menos um efeito positivo para o Sporting. Nem sempre o crime compensa, e às vezes até compensa para a vítima. Tenho pena de ainda não ver entre os convocados Rúben Semedo, talvez o melhor central português da atualidade; fico contente por ver André Silva, porque continuamo­s a precisar de formar um ponta de lança de referência; e não deixo de assinalar a falta de jogadores do campeão nacional. No mais, lamento o azar do calendário. Andorra e Ilhas Feroé são os piores adversário­s que podíamos apanhar agora. Com eles, Portugal tem tudo a perder e nada a ganhar: vencer é obrigatóri­o, não vencer será um desastre. Esta era a altura de defrontar a Hungria. Só uma vitória perante um bom adversário acabaria garantidam­ente com o tal “modo campeão europeu”. Mas adversário­s bons, neste grupo, são coisa rara.

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