NUNO ABRAÇA A PRESSÃO
O TREINADOR NÃO FOGE PERANTE A EXIGÊNCIA DE “GANHAR SEMPRE”
“A nossa
produção
fora de casa
tem de ser
igual à do
Dragão” “Vamos pegar
nos últimos 25 minutos de
Leicester e transformá-los
em 90” “Os jogadores
sabem que têm de pensar
na equipa 24 horas por dia”
Após o desaire em Leicester, Nuno espera dificuldades na Choupana e alerta para o contra-ataque do Nacional. Mas quer sair da Madeira com os três pontos para começar um novo ciclo de vitórias
Por três vezes, e em respostas distintas, Nuno sublinhou a “fome de vencer” da equipa. E espera ver isso na Madeira, onde quer reverter a tendência recente de maus resultados fora de casa...
Como encara a deslocação à Choupana, na ressaca da derrota europeia?
—A Choupana é um campo tradicionalmente difícil para o FC Porto, temos essa consciência. Sabemos da responsabilidade que temos e que temos de jogar e ganhar o jogo. Respeitamos muito o adversário, mas o foco está essencialmente em nós e vamos demonstrar que queremos ganhar. A ressaca da Champions já passou; a equipa está focada e tem uma fome tremenda de vitórias no campeonato. Não foi o início que esperávamos na Champions, mas há a tranquilidade de saber que está tudo em aberto – tudo é possível. Estive lá e recordo que quando o FC Porto foi campeão europeu, algo parecido aconteceu.
Que opinião tem do Nacional?
—Conheço bem o professor Manuel Machado, já o defrontei algumas vezes e foi, inclusive, meu treinador. É um treinador que respeito e admiro bastante e sei das dificuldades que vamos encontrar, não só pela sua capacidade como pela qualidade da equipa, que vem de uma melhoria acentuada nas últimas duas jornadas. Podemos esperar uma equipa muito consistente e organizada, vamos ter poucos espaços e temos de encontrar soluções para chegar com critério para finalizar as nossas ações. E temos de ter muita atenção ao nosso equilíbrio defensivo porque uma das características do Nacional é o contraataque.
O FC Porto tem apenas uma vitória nos últimos quatro jogos. Isso preocupa-o?
—O FC Porto tem de ganhar sempre, e mais num ciclo de três anos em que não venceu. Ainda por cima, tudo o que rodeia o FC Porto está invadido de tristeza e desconfiança. Todos aqui dentro, e eu em particular, estamos conscientes de que isso não pode voltar a acontecer; temos de ganhar e é bom que todos no FC Porto tenham essa exigência de saber que todos os dias temos de viver com esta pressão de ganhar, de melhorar todos os dias, dar o nosso melhor e ultrapassar os nossos limites.
Fez algum trabalho específico com o grupo para passar da realidade da Champions para a do campeonato?
—O trabalho da equipa técnica é contínuo. Cada jogo é encarado da mesma maneira. Entrámos no campeonato, que é o nosso principal objetivo, e o trabalho é de focalização para o jogo de amanhã [hoje], que é o único que importa e em que estamos concentrados. O trabalho é de preparação da equipa, escolher o plano de jogo e focalizar.