“Nada foi imposto, foi por convicção”
Aos associados, o presidente do Benfica voltou a elogiar a aposta na formação, que já é “reconhecida a nível mundial” e foi feita de “forma planeada”
Líder das águias destacou o trabalho de uma década desenvolvido no Caixa Futebol Campus, que, segundo diz, precisa de ser visto pelos adeptos “como um projeto de geração de valor para o clube”
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, apresentou ontem à noite, em assembleia geral, o orçamento para 2016/17 aos sócios do clube. No relatório entregue antecipadamente aos associados, o líder destacou o poder de formação do Caixa Futebol Campus.
“Neste ano, conseguimos mudar o paradigma no topo da pirâmide. Foi o reconhecimento de anos de trabalho a nível de formação, o reconhecimento da qualidade que temos no Caixa Futebol Campus, da competência humana e das condições materiais que todos os anos conseguimos melhorar”, reverenciou.
“Esta mudança de paradigma não foi imposta, foi feita por convicção. Ao contrário de outros, não fomos forçados a seguir esse caminho. Chegamos a esta fase de forma planeada e desejada. Foi para chegar aqui que investimos e desenvolvemos o Caixa Futebol Campus ao longo dos últimos dez anos. O Seixal é hoje um centro de excelência na formação de jovens, e isso é reconhecido a nível mundial”, completou, numa alusão à obrigação do Sporting de apostar na sua formação, segundo já havia sublinhado Luís Filipe Vieira noutras ocasiões.
As águias, recorde-se, rece- beram 81,9 milhões de euros com vendas de jogadores na última temporada. Criado no Seixal, Renato Sanches foi principal responsável por movimentar o cofre do clube: o médio de 19 anos foi vendido por 35 milhões de euros ao Bayern Munique – o valor total, no entanto, poderá atingir 80 milhões de euros (bonificação por objetivos até 2021).
“Os benfiquistas têm de ver o Caixa como um projeto de geração de valor para o clube. E quando falo em geração de valor, não significa apenas o que vier a resultar da venda de atletas. Quando somos o principal clube a fornecer jogadores às Seleções Nacionais jovens (este ano foram 32 atletas) ou quando se disputam de forma continuada títulos nacionais e internacionais, isso significa gerar valor e reputação para o Benfica. A aposta vai continuar”, prometeu Vieira.
Uma das grandes metas do emblema da Luz para 2016/17 é aumentar o valor obtido com transferências. Lindelof, revelado nas camadas jovens dos tricampeões, e Ederson são dois dos jogadores mais valorizados.
“Ao contrário de outros, não fomos forçados a seguir esse caminho [da formação]” Luís Filipe Vieira Presidente do Benfica