O Jogo

“A FORÇA QUE TINHA, JÁ ERA POUCA PARA MIM...”

Alex emocionou-se ao lembrar a paragem de quase um ano devido a lesão e à inércia que sentiu quando quis ajudar a equipa

- TOMAZ ANDRADE

A treinar desde a préépoca, mas sem disfarçar o receio de meter o pé, o extremo voltou a competir no último domingo, na Taça de Portugal, depois de ter sofrido uma rotura de ligamentos em novembro

De volta aos relvados após recuperar de uma rotura de ligamentos, Alex não escondeu a emoção quando relembrou o longo calvário de 11 meses que passou sem jogar. “Na época passada, houve uma fase complicada; querer ajudar os meus colegas e não poder fazer nada foi o que mais me custou. Quis tentar passar um pouco da minha força para eles, mas também isso foi complicado. Se eu estava a precisar de mais força do que eles, como iria passar-lhes a minha se a pouca que tinha era para tentar recuperar da lesão?”, comentou o extremo com a voz embargada.

Agradecido às pessoas que sempre estiveram com ele e nunca o deixaram ir abaixo durante o processo de recuperaçã­o da lesão, que contou com três intervençõ­es cirúrgicas, Alex descreveu como um“momento de enorme alegria” a altura em que voltou a jogar, no último domingo, na Taça de Portugal (meia hora com o Santa Iria). “Espero que daqui para a frente a situação melhore e que tenha mais oportunida­des. Da maneira como trabalho, e também pela forma como o grupo me ajuda, de certeza que terei mais oportunida­des. Neste momento, não tenho sido opção, mas há três meses nem correr conseguia e hoje posso correr, saltar e trabalhar. Estou a cem por cento. No primeiro mês de treinos foi complicado, porque havia receio de meter o pé, mas já perdi esse medo; a confiança vai-se ganhando, mais com os jogos do que com os treinos.”

Desde novembro do ano passado, quando se lesionou, até agora, muita coisa mudou no plantel do Vitória. “A concorrênc­ia é forte, mas não tenho medo de ninguém. Quando estive sem lesões, joguei sempre, mesmo com concorrênc­ia forte. Sem lesões, posso ter um lugar no onze”, vincou o jogador, agradado com aquilo que a equipa pode fazer. “Temos qualidade e quantidade. Nos últimos dez ou 15 anos acho que o Vitória não teve plantéis tão fortes como este, com tanta qualidade e soluções. Acho que ainda podemos fazer mais; em termos exibiciona­is podemos e devemos fazer mais”, referiu, a poucos dias do jogo com o Estoril. “Os adversário­s já nos encaram com algum receio.”

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Um momento sentido do futebolist­a vitoriano que, felizmente, já voltou à ação, e viu-se no treino de ontem

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