O Jogo

A

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pesar de inesperada, a vitória do Besiktas em Nápoles, com Quaresma e Aboubakar no papel de protagonis­tas, acabou por confirmar o Grupo B como um dos mais abertos desta fase da Champions. Tal como ficaram as contas no final da primeira volta, é tão difícil identifica­r um favorito claro ao primeiro lugar como seria insensato ignorar o papel que o “outsider” Dínamo de Kiev pode desempenha­r na definição dos primeiros lugares. O próprio Rui Vitória fez questão de sublinhar que os ucranianos são mais consistent­es e perigosos a jogar fora de casa, onde não sentem a responsabi­lidade de assumir a iniciativa e podem apostar livremente no contra-ataque, naquilo que pode ser entendido como um aviso: importante como foi, a vitória de ontem só poderá ser devidament­e capitaliza­da se os encarnados forem capazes de lhe acrescenta­r outra, já a seguir, na Luz, enquanto Besiktas e Nápoles se desgastam mutuamente. De resto, mesmo ontem, num jogo em que estiveram por baixo praticamen­te desde o primeiro ao último minuto, há pelo menos uma mão-cheia de grandes defesas de Ederson a provar que os ucranianos têm argumentos suficiente­s para fazer estragos. E que, tal como também tem sido evidente no campeonato, este Benfica vai mais formoso do que propriamen­te seguro, impondo-se muito mais graças à qualidade individual em zonas de decisão do que propriamen­te enquanto coletivo coeso e articulado. Não é defeito, sublinhe-se. Pelo menos não enquanto continuar a ganhar.

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