O Jogo

HASSAN CUMPRIU PARTE DA PROFECIA

FRUSTRAÇÃO O avançado voltou aos golos, tal como tinha anunciado o treinador, mas faltou a vitória à previsão da véspera... e o apuramento ficou mais longe

- Enviado especial em Konya (Turquia) PEDRO MARQUES COSTA

O Braga sentiu dificuldad­es para se impor ao estreante Konyaspor e o empate acabou por ser um resultado justo. Para quem dizia que queria muito vencer este jogo... estiveram muito tempo alheados

Ganhar foi o verbo mais vezes utilizado na véspera do jogo de ontem por presidente, treinador e jogadores do Braga, mas das palavras à realidade foi uma grande distância. Não basta dizer que se quer ganhar, é preciso fazer por isso e, em abono da verdade, o Braga passou uma grande parte do jogo a fazer pouco para sair da Turquia com mais do que um empate. José Peseiro insistiu no 4x2x3x1, desta vez escolheu Alan para jogar nas costas de Hassan, mas os problemas do Braga, nomeadamen­te na primeira parte, estiveram para além dos nomes; ontem, mais do que uma questão de ordem tática, faltou, sobretudo, atitude e agressivid­ade a uma equipa que pareceu muitas vezes perdida em campo durante os primeiros 45 minutos.

O primeiro sinal de perigo do Konyaspor aconteceu logo aos 58 segundos, salvo em cima da linha de baliza por Goiano; o golo, anunciado, chegou pouco depois, num lance em que ficou a ideia de que Milosevic partiu em posição de fora de jogo, mas em que também existiu uma enorme passividad­e de toda a equipa arsenalist­a, em especial do sector mais recuado. Em desvantage­m no marcador, esperava-se uma reação imediata do Braga, mas foi a equipa turca que continuou a criar as melhores, e únicas, situações de perigo. Para melhor se perceber a ausência de ideias ofensivas no Braga durante este período do jogo, sublinhe-se o facto de o primeiro remate ter surgido apenas em cima da meia hora de jogo, por Mauro. A partir desse momento, os arsenalist­as até se instalaram no meiocampo do Konyaspor, que optou por oferecer a iniciativa de jogo para tentar sair em contra-ataque – às vezes com perigo. Até ao intervalo, viu-se a equipa de Peseiro à procura dos espaços no último terço do terreno, quase sempre pelos corredores laterais, mas, bem espremidas as coisas, não sobrou nem uma oportunida­de para contar.

A segunda parte arrancou como terminou a primeira, com o domínio do Braga, mas também com uma diferença substancia­l: do balneário veio a agressivid­ade que faltava e, mais do que isso, a inteligênc­ia para descobrir os espaços que pareciam escondidos. Após uma excelente combinação coletiva, Hassan cumpriu parte da profecia de José Peseiro e regressou aos golos. Depois do empate, a linha defensiva do Konyaspor voltou a subir vários metros, com a formação turca a pressionar novamente alto e a recuperar o ascendente da primeira parte. José Peseiro percebeu as dificuldad­es crescentes da equipa, que se adensavam com o passar dos minutos, e lançou Horta, Rui Fonte e Stojiljkov­ic para recuperar a agressivid­ade ofensiva. Resultou, em parte, ainda que nos últimos 15 minutos o jogo se tenha partido. Faltou, nessa altura, capacidade aos minhotos para aproveitar­em o desespero ofensivo do Konyaspor, que oferecia agora espaços aos contra-ataques do Braga que nunca chegaram a sair.

O empate de ontem não afasta o Braga doobjetiv ode seguir em frente na Liga Europa, mas torna-o bem mais difícil...

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Pedro Santos apertado por Hadziahmet­ovic
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