O CERTINHO ZUNGU
V. GUIMARÃES Estatísticas do sul-africano na estreia mostraram um médio com elevada eficácia no passe e aptidões para subir no relvado
Sendo um dos médiosdefensivos, num sistema de 4x2x3x1, Zungu fugiu ao confronto físico no jogo com o Fafe, mas não deixou de pegar na bola. Dialogou com o banco para corrigir posicionamentos
Presenciada por pouco mais de 1500 espectadores, a estreia de Bongani Zungu com a camisola do Vitória deixou boas pistas para Pedro Martins, um dos que se deslocou anteontem ao D. Afonso Henriques para analisar o jogo da equipa B com o Fafe (1-3). Recuperado de uma fratura da perna direita, uma lesão sofrida nos últimos dias de janeiro, ainda ao serviço do Sundowns, o médio sulafricano mostrou, acima de tudo, uma elevada eficácia no passe ao longo de 76 minutos, o tempo em que esteve em campo (saiu com a equipa a perder por 0-2).
Como se pode ver aqui ao lado, Zungu acertou a maioria dos passes, ainda que não tenha arriscado muito, optando quase sempre pelos curtos; em 30 errou um. Sendo um dos médios-defensivos, ao lado de Joseph, ocupando mais a parte esquerda da zona num sistema de 4x2x3x1, foi notória a falta de ritmo provocada por uma paragem competitiva de dez meses. Daí que o jogador tenha demonstrado também dificuldades para recuperar a posição defensiva. Ainda assim, contabilizou vários cortes (8), recorrendo ainda duas vezes à falta. Seguro a transportar a bola, só a perdendo uma vez, notou-se uma apetência para o sulafricano pisar zonas mais adiantadas, procurando desequilibrar com recurso a dribles. Por duas vezes surgiu no ataque, primeiro com um bom pormenor individual aos 35 minutos, com uma incursão pelo corredor central a fintar dois adversários antes de abrir para a direita, para o cruzamento de Tyler Boyd, e depois com um remate de pronto, em vólei, que saiu ao lado na sequência de um passe que lhe foi endossado com a bola no ar.
Zungu evitou os duelos diretos propiciadores de confrontos físicos, algo normal para um jogador a regressar de uma paragem longa, e não teve problemas em jogar com os dois pés, apesar de utilizar mais o direito. Ao longo do jogo, o médio foi mantendo diversas conversas com o treinador Vítor Campelos, no sentido de corrigir posicionamentos.
Feita a estreia e ganho algum ritmo de jogo, e sobretudo confiança, Pedro Martins fica, desta forma, com mais um jogador para o meiocampo e sobre o qual recai uma grande expectativa.