Governo alia desporto escolar ao alto rendimento
Redução da carga horária dos professores-treinadores da alta competição prometem beneficiar o projeto olímpico e paralímpico
Nas instalações do Centro de Alto Rendimento do Jamor, o ministro da Educação e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto elogiaram as condições para os alunos e para os atletas de alta competição
Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, salientou os benefícios que a redução da carga horária dos professores que acumulam a função de treinadores de alta competição poderá ter ao nível do treino dos atletas integrados nos projetos olímpico e paralímpico. “Este ano tivemos a possibilidade de implementar medidas que permitem aos treinadores que estão no projeto olímpico e paralímpico terem uma redução significativa de horário. Isto permite-lhes estarem na escola a darem aulas e trabalharem na captação de novos talentos, mas, simultaneamente, dedicarem-se aos projetos olímpicos para poderem alavancar a preparação desses atletas”, frisou o ministro, à margem da visita às instalações do Centro de Alto Rendimento (CAR) do Jamor, tendo elogiado também a unidade de apoio ao alto rendimento escolar, situada junto ao complexo desportivo (existem quatro projetos-piloto do género no país), que visa a captação de talentos. “Esta não é primeira pedra, mas é um pilar absolutamente fundamental para que escola e o desporto se possam compaginar o mais possível. As unidades de apoio na escola procuram isso mesmo, para que os alunos do secundário possam também ter no alto rendimento escolar um dos seus componentes do dia-a-dia. Existem quatro projetos-piloto que queremos estender”, indicou. Por outro lado, a degradação da pista de atletismo do CAR do Jamor é evidente e o secretário de Estado da Juven- tude e do Desporto, João Paulo Rebelo, adiantou existir um “reforço significativo no orçamento para apoio e requalificação de infraestruturas desportivas” e que a mesma será reabilitada este ano. Quanto ao levantamento da suspensão do Laboratório Antidopagem (LAD), de Lisboa, João Paulo Rebelo, afirmou que “será necessária uma auditoria” por parte da Agência Mundial Antidopagem, ainda sem data, para que o LAD volte a entrar em funcionamento.