O Jogo

FURACÃO SOARES

BRASILEIRO FEZ O QUINTO GOLO EM QUATRO JOGOS E MANTEVE O FC PORTO A UM PONTO DO LÍDER Nuno e Alfredo expulsos após confusão ao intervalo, Maxi por acumulação de amarelos Dragões chegam à sétima vitória seguida e já não perdem para a Liga há 20 jogos Dé

- Textos HUGO SOUSA

Entrada firme em jogo permitiu aos portistas chegar cedo à vantagem e gerir depois o jogo com outra tranquilid­ade. O Boavista ainda equilibrou as coisas, mas sem passar das boas intenções

intenso, durinho, com discussões ao intervalo prolongada­s até à entrada do túnel, pintado a cartões de todas as cores e embalado por cantorias de deixar mãezinhas de colheres cheias de pimenta apontadas às línguas. Em resumo, um Boavista-FC Porto. Manteve-se a tradição das emoções fortes quando os dois se juntam, mas também outra, mais recente, que inclina os pontos para o bolso dos dragões. Tem sido assim desde que o Bessa reentrou no roteiro da I Liga, mas foi preciso desconfiar dessa ideia de destino escrito por antecipaçã­o e correr atrás do prejuízo que é estar atrás do Benfica.

Sem salamalequ­es, o FC Porto entrou com pressa de ir direto ao assunto. Do aperto de mãos a um aperto ao pescoço do vizinho foi um piscar de olhos: Óliver aqueceu as mãos de Vagner logo a abrir e, pouco depois, arquitetou parte da jogada que Corona conduziu até aos pés de Soares. O brasileiro encostou para um golo fácil e assim, por tabela, ajudava a encostar novamente a equipa ao topo da classifica­ção, o tal assunto urgente que dava gás à entrada firme no jogo.

Sem sinais de desconfort­o com o desenho novo, que dispensou André Silva do onze, os portistas assumiram cedo as coordenada­s, que eram ditadas em 4x3x3; Corona e Brahimi davam asas para o voo picado em direção à área axadrezada, mas voltou a ser nas costas de Soares que a estratégia se encavalito­u. De ombros largos, o brasileiro aguentou bem essa responsabi­lidade e deu sinais de que a Juventus terá sido apenas um intervalo napontaria­afinada. Surpreen Dérbi dido por essa dinâmica de rajadas ininterrup­tas do adversário, o Boavista mostrou, num primeiro momento, dificuldad­e para recuperar o fôlego e responder à altura, isto apesar de até ter obrigado Casillas a uma defesa vistosa ainda na primeira parte. Ficava aí um aviso, em jeito de marcação de território.

E a segunda parte trouxe, de facto, um duelo mais equilibrad­o. Sem Corona, o FC Porto perdeu alguma capacidade de desequilib­rar e, mesmo sem ter perdido o controlo do jogo, foi gerindo as coisas no fio da navalha de um resultado apertado. Jota injetava velocidade, mas o Boavista passou a bloquear melhor a ligação entre o meio-campo portista e o ataque; o plano seguinte de Miguel Leal era ter perigo efetivo mais à frente, o que tentou com as entradas de Schembri, primeiro, e Bukia, depois. Nuno, do balneário, dava ordens para refrescar a estratégia, trocando a fantasia de Brahimi pela de Otávio. Os dragões já não chegavam com tanta facilidade à área de Vagner, escasseand­o os remates, mas o tal equilíbrio de forças também não sujeitou Casillas a grandes embaraços.

E manteve-se tudo neste equilíbrio inconseque­nte. Até a lesão de Henrique, que deixava o Boavista em inferiorid­ade a dez minutos do fim, acabou compensada pela expulsão de Maxi uns segundos depois...

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