O Jogo

Crise sem fim à vista

Minhotos desperdiça­ram penálti aos 88’ edeixaram-se empatar aos 90’

- Textos IRENEU RIBEIRO

O Braga teve o pássaro na mão mas Vukcevic deixouo voar, num jogo marcado pelo equilíbrio e pelas boas defesas de Marafona. O empate caiu bem apesar de alcançado ao soar do gongo Caiu o empate sobre o jogo, a penumbra instalou-se no Bonfim, mas um vulto sobressaía no centro do relvado. Sozinho, Jorge Simão permaneceu vários minutos ao telemóvel, quiçá, a tentar explicar a arritmia cardíaca que atacou o Braga nesta segunda volta: continua sem vencer e já vão seis jogos despidos de triunfos. O treinador estaria ainda a tentar explicar o porquê do esboço de uma equipa que surgiu na primeira parte, amorfa de ideias e lenta de processos, com os médios – Battaglia e Assis apáticos – e os alas sem chama – Ricardo Horta e Alan. E Rui Fonte ausente.

O Vitória avisou cedo que não estava ali para disfarces, para jogadas carnavales­cas, e cedo se assomou das malhas de Marafona, que só foi desfeitead­o no último minuto, por Costinha. Antes disso, foi adiando o golo vitoriano com intervençõ­es meritórias e alimentand­o a esperança de um Braga sem harmonia para um 4x4x2 desarticul­ado.

Atento à submersão exibiciona­l, Jorge Simão mudou tudo aos 56’. Tirou Stojilkovi­c e apostou em Vukcevic, alterando a tática para um 4x3x3 mais dinâmico, afoito e perigoso. Logo a seguir, entrou Cartabia. Era o tudo por tudo para evitar o descalabro. Aposta certa, porque seriam os dois substituto­s a fabricar uma combinação com um final feliz, e bonito de se rever.

O Vitória não merecia tamanha partida do Entrudo, mas o Braga estava a ressuscita­r das trevas dos últimos cinco jogos. José Couceiro, descontent­e, foi ao banco buscar todo o arsenal ofensivo, no intuito de, também ele, evitar o prolongar de uma seca de três jogos sem vencer. A dois minutos do fim, Mikel cometeu penálti sobre Cartabia. Parecia o fim do Vitória e o renascimen­to dos Guerreiros, mas Vukcevic perdeu no mano-a-mano com Bruno Varela. A festa estava instalada e Costinha ainda foi a tempo de ser o Rei Momo do Carnaval de Setúbal ao marcar aos 90’. Um empate que ninguém pode levar a mal...

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O sadino João Amaral e o arsenalist­a Djavan disputam a posse da bola

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