O Jogo

A vitória ao fim de mês e meio

REGRESSO Seis jogos depois, o Braga voltou às vitórias e isolou-se no quarto lugar; Arouca continua em crise

- PEDRO MARQUES COSTA

Dois golos de Rui Fonte ajudaram o Braga a libertar-se das “amarras” dos maus resultados. Machado arriscou na segunda parte e… perdeu pela terceira vez

Mais de um mês e meio depois, o Braga regressou às vitórias no campeonato. Foi o fim de um ciclo de seis jogos sem triunfos, desta vez com Rui Fonte no papel de ator principal. Foram dele os dois momentos decisivos, sobretudo o do segundo golo, que recolocou definitiva­mente os arsenalist­as na rota do sucesso.

Antes disso, há para contar uma mudança tática de Jorge Simão, que deixou cair um dos avançados (Stojiljkov­ic) para acrescenta­r mais um médio (Vukcevic) à equipa. O Braga começou por ter o domínio, mas faltava-lhe velocidade na circulação de bola para criar problemas ao Arouca. O golo, o primeiro, surgiu pratica- mente do nada (12’), tal como o empate, cinco minutos depois, saído da experiênci­a de Mateus (17’). Até ao final da primeira parte, tudo o que se viu foi um jogo disputado a um ritmo baixo, quase sempre inclinado para o lado esquerdo do ataque do Braga, onde Djavan tratava de criar os (poucos) desequilíb­rios.

Ao intervalo, Manuel Machado sentiu a inseguranç­a dos minhotos e decidiu arriscar: tirou Crivellaro para lançar Walter González, passando a jogar com um ataque a quatro (Kuca na esquerda, Walter na direita e Mateus e Tomané no centro). O Braga tremeu, começou a perder muitas bolas na zona central – algo que não tinha acontecido na primeira parte –e a falta de confiança, tantas vezes apregoada por Jorge Simão, começou a vir ao de cima.

Tudo mudou, no entanto, quando Hassan entrou para o lugar de Artur Jorge (Assis recuou para o centro da defesa). A partir desse momento, o Arouca perdeu o controle da partida e o Braga cresceu, ao ponto de, seis minutos depois, ter chegado ao golo da vantagem, na sequência de uma combinação entre Djavan, Hassan e o inevitável Rui Fonte. Os arsenalist­as não pararam, continuara­m a sufocar o Arouca e chegaram ao conforto com o golo Battaglia (73’).

O jogo acabou, de vez, naquele momento de inspiração do argentino, que serviu para carimbar a quarta derrota consecutiv­a do Arouca e a terceira de Manuel Manchado.

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Aos 69’ minutos, Rui Fonte festejou com os companheir­os o golo da reviravolt­a

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