A vitória ao fim de mês e meio
REGRESSO Seis jogos depois, o Braga voltou às vitórias e isolou-se no quarto lugar; Arouca continua em crise
Dois golos de Rui Fonte ajudaram o Braga a libertar-se das “amarras” dos maus resultados. Machado arriscou na segunda parte e… perdeu pela terceira vez
Mais de um mês e meio depois, o Braga regressou às vitórias no campeonato. Foi o fim de um ciclo de seis jogos sem triunfos, desta vez com Rui Fonte no papel de ator principal. Foram dele os dois momentos decisivos, sobretudo o do segundo golo, que recolocou definitivamente os arsenalistas na rota do sucesso.
Antes disso, há para contar uma mudança tática de Jorge Simão, que deixou cair um dos avançados (Stojiljkovic) para acrescentar mais um médio (Vukcevic) à equipa. O Braga começou por ter o domínio, mas faltava-lhe velocidade na circulação de bola para criar problemas ao Arouca. O golo, o primeiro, surgiu pratica- mente do nada (12’), tal como o empate, cinco minutos depois, saído da experiência de Mateus (17’). Até ao final da primeira parte, tudo o que se viu foi um jogo disputado a um ritmo baixo, quase sempre inclinado para o lado esquerdo do ataque do Braga, onde Djavan tratava de criar os (poucos) desequilíbrios.
Ao intervalo, Manuel Machado sentiu a insegurança dos minhotos e decidiu arriscar: tirou Crivellaro para lançar Walter González, passando a jogar com um ataque a quatro (Kuca na esquerda, Walter na direita e Mateus e Tomané no centro). O Braga tremeu, começou a perder muitas bolas na zona central – algo que não tinha acontecido na primeira parte –e a falta de confiança, tantas vezes apregoada por Jorge Simão, começou a vir ao de cima.
Tudo mudou, no entanto, quando Hassan entrou para o lugar de Artur Jorge (Assis recuou para o centro da defesa). A partir desse momento, o Arouca perdeu o controle da partida e o Braga cresceu, ao ponto de, seis minutos depois, ter chegado ao golo da vantagem, na sequência de uma combinação entre Djavan, Hassan e o inevitável Rui Fonte. Os arsenalistas não pararam, continuaram a sufocar o Arouca e chegaram ao conforto com o golo Battaglia (73’).
O jogo acabou, de vez, naquele momento de inspiração do argentino, que serviu para carimbar a quarta derrota consecutiva do Arouca e a terceira de Manuel Manchado.