PIZZI MANTEVE VANTAGEM EM NOITE SEM ARTE
Médio marcou perto do intervalo, mas o golo não foi suficiente para estancar o perigo causado pelo Feirense. Ederson segurou o triunfo
O Benfica sentiu dificuldades em Santa Maria da Feira, num jogo aberto, agressivo e muito disputado taticamente. Face ao desacerto ofensivo dos encarnados, o Feirense esteve perto do empate
Longe de fazer uma exibição brilhante, o Benfica manteve a cara dos últimos jogos e saiu de Santa Maria da Feira com a mesma vantagem sobre o FC Porto, já só faltando menos de um mês para o clássico na Luz entre o primeiro e o segundo classificado do campeonato. Ora, ganhar foi mesmo o mais importante para os encarnados no jogo de ontem, perante um Feirense que se bateu de forma agressiva e que esteve várias vezes perto do golo, que não conseguiu por desacerto na finalização e também porque Ederson voltou a confirmar que atravessa um excelente momento de forma.
O Benfica entrou em campo pouco depois de o FC Porto ter arrasado o Nacional e, por isso, com mais pressão para vencer. Retardado cerca de cinco minutos devido ao incompreensível arremesso de várias tochas para o relvado por parte da claque benfiquista, o jogo começou com um ritmo intenso e jogadas rápidas, proporcionadas por um relvado molhado pela chuva fininha que não parou de cair. Sem Nélson Semedo, castigado, Rui Vitória optou, naturalmente por colocar André Almeida no lado direito da defesa, mas, contrariamente ao que era esperado, deixou Rafa no banco, mantendo Carrillo no onze e voltando a lançar Salvio. Zivkovic fez companhia a Mitroglou num ataque que teve pouco entendimento. A pouca inspiração dos encarnados teve muito a ver com a forma como a equipa de Nuno Manta se colocou em campo, com a correta ocupação dos espaços, uma dose certa de agressividade e velocidade a sair para o ataque, quase sempre pelas alas. Paradoxalmente, a primeira grande ocasião de golo do Benfica nasceu de uma perda de bola do Feirense (Etebo), mas Salvio fez o mais difícil, permitindo uma defesa fácil de Vaná quando tinha Pizzi e Mitroglou em posição de remate (19’). Por esta altura, já estava mais do que confirmada a dificuldade que a equipa encarnada sentia com os cruzamentos e com a colocação de bolas na área fogaceira. Dez minutos depois foi a vez de o Feirense ter ficado muito perto de bater Ederson, quando Luís Machado aproveitou uma bola prensada em Luisão para rematar para a bancada com a baliza escancarada.
Com menos posse de bola, a equipa de Nuno Manta foi deixando o Benfica em estado de alerta, com muitos duelos ganhos no meio-campo, ataques rápidos e também, por vezes, com um futebol direto. Foi assim que Luís Machado, depois de um passe do guardaredes Vaná, ficou mais uma vez com o golo à mercê. Desta forma, o golo de Pizzi em cima do intervalo foi uma benção, que, ainda assim, não foi suficiente para tornar a equipa mais inspirada, nem impedir o perigo causado pelo Feirense na segunda parte. Etebo, primeiro, e Karamanos, depois, tiveram o empate nos pés, duas vezes negado por Ederson. Com a entrada de Cervi, os encarnados ficaram mais perigosos, embora sem a clarividência na hora de rematar à baliza.