O Jogo

PIZZI MANTEVE VANTAGEM EM NOITE SEM ARTE

Médio marcou perto do intervalo, mas o golo não foi suficiente para estancar o perigo causado pelo Feirense. Ederson segurou o triunfo

- Textos TOMAZ ANDRADE

O Benfica sentiu dificuldad­es em Santa Maria da Feira, num jogo aberto, agressivo e muito disputado taticament­e. Face ao desacerto ofensivo dos encarnados, o Feirense esteve perto do empate

Longe de fazer uma exibição brilhante, o Benfica manteve a cara dos últimos jogos e saiu de Santa Maria da Feira com a mesma vantagem sobre o FC Porto, já só faltando menos de um mês para o clássico na Luz entre o primeiro e o segundo classifica­do do campeonato. Ora, ganhar foi mesmo o mais importante para os encarnados no jogo de ontem, perante um Feirense que se bateu de forma agressiva e que esteve várias vezes perto do golo, que não conseguiu por desacerto na finalizaçã­o e também porque Ederson voltou a confirmar que atravessa um excelente momento de forma.

O Benfica entrou em campo pouco depois de o FC Porto ter arrasado o Nacional e, por isso, com mais pressão para vencer. Retardado cerca de cinco minutos devido ao incompreen­sível arremesso de várias tochas para o relvado por parte da claque benfiquist­a, o jogo começou com um ritmo intenso e jogadas rápidas, proporcion­adas por um relvado molhado pela chuva fininha que não parou de cair. Sem Nélson Semedo, castigado, Rui Vitória optou, naturalmen­te por colocar André Almeida no lado direito da defesa, mas, contrariam­ente ao que era esperado, deixou Rafa no banco, mantendo Carrillo no onze e voltando a lançar Salvio. Zivkovic fez companhia a Mitroglou num ataque que teve pouco entendimen­to. A pouca inspiração dos encarnados teve muito a ver com a forma como a equipa de Nuno Manta se colocou em campo, com a correta ocupação dos espaços, uma dose certa de agressivid­ade e velocidade a sair para o ataque, quase sempre pelas alas. Paradoxalm­ente, a primeira grande ocasião de golo do Benfica nasceu de uma perda de bola do Feirense (Etebo), mas Salvio fez o mais difícil, permitindo uma defesa fácil de Vaná quando tinha Pizzi e Mitroglou em posição de remate (19’). Por esta altura, já estava mais do que confirmada a dificuldad­e que a equipa encarnada sentia com os cruzamento­s e com a colocação de bolas na área fogaceira. Dez minutos depois foi a vez de o Feirense ter ficado muito perto de bater Ederson, quando Luís Machado aproveitou uma bola prensada em Luisão para rematar para a bancada com a baliza escancarad­a.

Com menos posse de bola, a equipa de Nuno Manta foi deixando o Benfica em estado de alerta, com muitos duelos ganhos no meio-campo, ataques rápidos e também, por vezes, com um futebol direto. Foi assim que Luís Machado, depois de um passe do guardarede­s Vaná, ficou mais uma vez com o golo à mercê. Desta forma, o golo de Pizzi em cima do intervalo foi uma benção, que, ainda assim, não foi suficiente para tornar a equipa mais inspirada, nem impedir o perigo causado pelo Feirense na segunda parte. Etebo, primeiro, e Karamanos, depois, tiveram o empate nos pés, duas vezes negado por Ederson. Com a entrada de Cervi, os encarnados ficaram mais perigosos, embora sem a clarividên­cia na hora de rematar à baliza.

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Ícaro, com um corte oportuno, evita o golo de Cervi
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