“Gabriel Jesus ouviu-me”
Antes de arrancar na Premier League, o novo craque do City começou a ter aulas de inglês
Pessoa de trato fácil e bom humor, eis um retrato económico de Zé Roberto. Explica-se por aqui como se tornou rapidamente um ídolo dos adeptos e líder do balneário do Palmeiras? —Sim. Sou uma pessoa amigável, aberta, de fácil comunicação e experiente, isso torname agregador. Mas também estou sempre disponível para aprender, o que me facilita num novo clube. Os mais novos procuramno em busca de conselhos?
—É uma realidade. Completo 43 anos em julho e há muitos jovens no Palmeiras com 18/19 anos, isto é, com idade para serem meus filhos. O Gabriel Jesus, que hoje está no Manchester City, é um atleta a cujo progresso pude assistir de perto. Quando os clubes europeus começaram a olhar para ele, o Bayern Munique ainda me procurou. Conheço muito bem as pessoas do scouting do clube, basicamente ainda são as mesmas do tempo em que joguei lá. O Gabriel tem uma cabeça muito boa, gosta de aprender e vai triunfar na Europa – a lesão no pé direito foi só um percalço. Passei-lhe o quanto seria importante ele ter uma boa base de inglês quando chegasse à Premier League para não sentir muito a diferença, e ele come- çou a ter aulas particulares. Campeão brasileiro em 2016, renovou contrato com o Palmeiras para ganhar a Libertadores. É o grande desafio de 2017? —Sim, é o título que me falta na carreira. O Palmeiras tem uma equipa formada e acrescentou peças importantes. Acho que estamos fortes para tentar essa conquista tão esperada pelos adeptos e pelo clube. Qual foi o adversário mais chato ou difícil de travar? —Joguei na Champions, defrontei muitos bons jogadores, mas o melhor com quem me cruzei foi o Messi. Em 2009, pelo Bayern, fomos jogar a Barcelona nos quartos de final e o Messi simplesmente acabou com a partida.
“Defrontei muitos bons jogadores, mas o melhor com quem me cruzei foi o Messi. Em 2009, pelo Bayern, fomos jogar a Barcelona e ele acabou com a partida”