Taça de tricampeão entregue e extinta
Benfica recebeu um troféu já riscado dos regulamentos e teve palavra a dizer nos nomes nele gravados
O troféu de tricampeão nacional entregue, esta segunda-feira, por Pedro Proença ao Benfica foi o primeiro e último da espécie. Prevista numa alteração regulamentar de 2011, a taça desapareceu entretanto das regras, embora ainda vigorasse, no entender da Liga, durante os três campeonatos ganhos pelas águias, entre 2014 e 2016.
Significa isto que Luís Filipe Vieira recebeu ontem um exemplar único, a não ser que nova remodelação volte a incluí-lo nos regulamentos.
Ao que O JOGO apurou, foi mesmo o Benfica – que integra a Direção da Liga – a recordar a existência do troféu a Proença, que o foi debatendo com os membros executivos da Direção em várias reuniões. Pendente estava apenas a data de entrega, que ficou sempre à consideração do Benfica, também ouvido a respeito dos nomes a gravar no metal: só os dos jogadores que integraram os três plantéis campeões, ou seja, sem menção aos dois treinadores que participaram nas vitórias. Isto é, Jorge Jesus (duas vezes) e Rui Vitória, a fechar o ciclo.
O tema nunca chegou a ser discutido com os membros não executivos da Liga, grupo do qual constam representantes do FC Porto e do Sporting. Em ambos os casos, o troféu de tricampeão foi-nos referido como “desconhecido”, ainda que, quando está em causa apenas a aplicação de regulamentos, a Direção executiva da Liga, ou seja, os elementos que gerem o dia a dia do organismo em todas as vertentes, tenha total liberdade para agir por conta própria.
Em todo o caso, fica a curiosidade: o Benfica recebeu o primeiro e, aparentemente, único troféu de tricampeão nacional. Destes, já não há mais.