O Jogo

A MÃO QUE DEU TAMBÉM JÁ TIRA

Foi no período de compensaçã­o que os azuis ganharam em Viseu. Os minutos finais já não assustam os capões

- JOAQUIM JORGE

Ricardo Chéu promoveu uma revolução. A equipa que se encolhia nos instantes finais e que perdia pontos transformo­u-se e revela-se, agora, um conjunto destemido à procura de triunfos

O golo de Diogo Ramos, aos 90’+4’ confirmou o bom momento dos azuis e permitiu, pela primeira vez na temporada, que o Freamunde se colocasse fora dos lugares de descida. A formação de Ricardo Chéu tem feito uma segunda volta notável, aliando à capacidade de transforma­r o seu estádio numa caixa forte – onde já não perde há quatro meses – uma mentalidad­e forte, que resultou na conquista de dois triunfos ao cair do pano. Uma situação completame­nte antagónica ao início da época, em que o aproximar do apito final fazia os corações azuis acelerar a cadência como que pressentin­do o desastre. Golos sofridos nos últimos minutos resultaram em derrotas difíceis de digerir, em casa com o União da Madeira (0-1) para a Taça da Liga, com o Sporting B (2-3), nas Aves (1-2), mas sobretudo em Famalicão (2-3), onde a dez minutos do fim vencia por 2-1, bem como o empate concedido em Fafe (2-2) depois de entrar nos últimos dez minutos com dois golos de vantagem.

Os resultados positivos têm, na opinião do treinador azul, “ajudado a subir os índices de confiança”, mas há um outro fator mais importante. “É reflexo do trabalho diário”, diz. Mas treina-se para ganhar nos últimos minutos?, perguntamo­s. “A forma como trabalhamo­s as cargas, na vertente física e psicológic­a, faz com que os jogadores cheguem ao final dos jogos com maior disponibil­idade e com maior capacidade” explicou o técnico. Num plantel reajustado em janeiro têm sobressaíd­o dois jogadores que já fazem parte da mobília. Fausto Lourenço e Diogo Ramos estão de pé quente, apesar de jogarem, diversas vezes, fora das posições originais, com o extremo a surgir atrás do ponta de lança e o goleador adaptado a extremo. Para Ricardo Chéu, este rendimento não é surpreende­nte. “Quer o Diogo quer o Fausto são jogadores de enorme qualidade e têm tirado proveito da organizaçã­o coletiva da equipa. Neste momento, o Freamunde é uma equipa capaz de marcar a qualquer adversário.” Os números dão razão ao jovem treinador, pois os capões marcam há 11 jogos consecutiv­os. O último jogo em branco remonta a 17 de dezembro... em Portimão.

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legendaDio­go Ramos (em primeiro plano) tem sido um dos goleadores da equipa

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