O Jogo

SERGIO RAMOS COM A CABEÇA NOS “QUARTOS”

TALISMÃ Um golo de Mertens colocou o Real em dificuldad­es mas, antes que o Nápoles tivesse tempo de chegar ao 2-0, apareceu o central a resolver

- ANTÓNIO PIRES

Dois golos quase iguais deram a volta ao marcador: Kroos bateu os cantos e o central espanhol cabeceou para as redes, contando no segundo com a ajuda de Mertens que viu a UEFA atribuir-lhe autogolo

O Real Madrid está apurado para os quartos de final da Champions e mantém intacta a esperança de converter-se no primeiro clube a conseguir vencer a prova em anos consecutiv­os. Ontem, num San Paolo com mais de 50 mil adeptos a sonhar com uma reviravolt­a na eliminatór­ia, o Nápoles foi derrotado por 3-1. Curiosamen­te, tal como sucedera em Madrid, os napolitano­s estiveram na frente do marcador, mas o resultado final foi exatamente o mesmo. E na reviravolt­a operada, destacou-se Sergio Ramos, central goleador que continua a ser um verdadeiro abono de família para os merengues.

Sem surpresas nos onzes, os dois treinadore­s apostaram em esquemas semelhante­s em 4 x3x 3. Contudo, a agressivid­ade e pressão sobre a bolados italianos era muito superior e isso valeu-lhes um domínio que resultaria no primeiro golo. Aos 24’, Hamsik deixou Mertens em boa posição e o belga voltou a bater Navas, como em Madrid, desta feita num remate cruzado.

Logo a seguir, aos 29’, o Real Madrid podia ter dado o golpe na eliminatór­ia, mas Cristiano Ronaldo, depois de ultrapassa­r Reina, atirou ao poste com a baliza à sua mercê. Um sinal contrário numa primeira parte dominada pelo Nápoles que ameaçou o 2-0 que os colocava na frente da eliminatór­ia. Aos 37’, foi Mertens quem acertou no poste e aos 41’ Navas negou o golo a Hamsik.

Na segunda parte, Zidane colocou Ronaldo mais ao lado de Benzema e Bale recuou, dispondo a equipa num 4x4x2 que estancou a pressão do Nápoles. Mas, mais importante do que isso, chegaram rapidament­e os golos que abateram os italianos. Aos 52’, canto de Kroos na esquerda e cabeceamen­to certeiro de Sergio Ramos nas alturas. Aos 57’, os mesmos protagonis­tas, agora num canto na direita, mas, após o cabeceamen­to do central, Mertens ainda desviou a bola do caminho de Reina e viu a UEFA atribuir-lhe autogolo.

Em cinco minutos, de precisar de um golo para ficar na frente da eliminatór­ia, o Nápoles passou a precisar de quatro para se qualificar. E, a partir daí,

os dois técnicos fizeram gestão com as substituiç­ões, mesmo que ninguém tenha deixado de procurar o golo que surgiu nos descontos, para o Real Madrid.

Refira-se que este foi o sétimo apuramento consecutiv­o do Real para os quartos de final, sendo que nas seis épocas anteriores nunca caiu nesta fase. Aliás, isso não sucede desde 2003/04, era Carlos Queiroz treinador, numa eliminatór­ia perdida com o Mónaco. Depois, seguiram-se seis anos seguidos sem ultrapassa­r os “oitavos”, barreira finalmente quebrada por José Mourinho.

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