O Jogo

“O POLVO MORRE TAMBÉM PELA BOCA”

ATAQUE Diretor do FC Porto critica recurso para os tribunais comuns do castigo a Luís Filipe Vieira depois do que o Benfica disse sobre o Apito Dourado

- CARLOS GOUVEIA

Francisco J. Marques considera que o FC Porto foi prejudicad­o “em jornadas sucessivas” por causa da “guerra” prometida por Vieira ao Conselho de Arbitragem

O FC Porto, através do seu diretor de comunicaçã­o, Francisco J. Marques, criticou Benfica por ter anunciado o recurso para os tribunais civis do castigo de 60 dias imposto a Luís Filipe Vieira na sequência de declaraçõe­s de agosto. “Se querem que faça guerra, vão tê-la”, disse o presidente do Benfica após a arbitragem do Benfica-V. Setúbal, da segunda jornada. “Esta frase é um exemplo de condiciona­mento. Está a colocar em causa os árbitros, a condicioná-los para o futuro. Aliás, como consequênc­ia disso, o FC Porto andou jornadas sucessivas a sofrer erros inacreditá­veis. É possível estabelece­r ligação a estas ameaças ao Conselho de Arbitragem”, começou por dizer.

“Quando se fala em dois presumívei­s adeptos do FC Porto terem ido à Maia coagir – o termo que usaram – os árbitros, o queé este caso? Éop residente do clube, não são membros de claque nem adeptos anónimos. O Benfica gosta de encher a boca a dizer que no Apito Dourado o FC Porto foi punido na justiça desportiva e que se salvou na justiça comum. Agora, neste caso, após a estrondosa derrota no Tribunal Arbitral do Desporto há a notícia de que vai recorrer para a justiça comum. O polvo morre também pela boca. Afinal, quando lhes interessa... Isto é desmascara­r o polvo no seu esplendor ”, referiu no programa Universo Porto da bancada. Francisco J. Marques manteve o tom crítico ao comentar outra declaração de Luís Filipe Vieira – “saímos daqui um pouco descansado­s” – após a reunião que pediu ao CA, no final de fevereiro. “Em agosto ameaçava guerra, em março faz a paz. Porque terás ido satisfeito nos seus desejos, éaú nica interpreta­ção possível. Há muitas maneiras de condiciona­r os árbitros e o Benfica utiliza todas, uma delas através das pessoas que representa na Comunicaçã­o Social”, acusou.

“‘Se querem guerra vão tê-la’ é um exemplo de condiconam­ento” Francisco J. Marques Diretor de comunicaçã­o do FC Porto

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Luisão e Nuno Almeida no jogo com o Chaves

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