O Jogo

“GRANDES CLUBES ANDAM A VÊ-LO”

BRAGA Pai de Rui Fonte acha que o Benfica “se enganou” e dá conta de interessad­os no ponta de lança

- PEDRO ROCHA

Por entre críticas ao clube da Luz, o progenitor Artur Fonte prevê uma “grande carreira internacio­nal” para o avançado, certo de que este poderia ser o melhor marcador se representa­sse... o Sporting

Ao nono jogo, frente ao Arouca, terminou o jejum de Rui Fonte. Para não variar, os golos acontecera­m em dose dupla (nesta época, para o campeonato, todos foram apontados aos pares) e lá se esfumou a ansiedade que começava a roçar níveis desaconsel­háveis, próximos do “desespero”. “Chegou a ser complicado. A equipa não estava a atravessar um bom momento, mas eu sempre lhe disse que os golos iam aparecer”, conta o pai Artur Fonte, defendendo que semelhante seca deve ser enquadrada numa época amplamente proveitosa: soma 12 golos em 29 jogos (mais quatro do que em 2015/16). Reflexo dessa boa performanc­e, o avançado do Braga até está, segundo o antigo central do Belenenses e Penafiel, no radar de “grandes clubes” estrangeir­os. “Andam em cima dele e a vê-lo jogo após jogo. Veremos o que acontece no fim da época. Tudo dependerá do Braga. Se estivesse no FC Porto ou no Sporting, até podia ser nesta altura o melhor marcador do campeonato. Com aqueles extremos do Sporting, teria tantos golos como o Bas Dost”, estima.

Quebrada a ligação contratual com o Benfica no passado verão, no seguimento de um acordo tripartido a envolver o Braga, Rui Fonte tem retribuído a confiança dos minhotos “com golos e boas exibições” e o seu progenitor apenas lamenta a falta de crédito do clube da Luz. “Tinha qualidade para ficar no Benfica. Ele fez bons jogos e até marcou durante a pré-época, mas depois cortaram-lhe as pernas. Vai fazer o trajeto do irmão mais velho (José Fonte): também não servia e agora está na Premier League. Em Portugal, dão oportunida­des a estrangeir­os que pouco jogam e que vêm de clubes desconheci­dos e poucas ou nenhumas aos nossos jovens”, denuncia.

Face ao desinteres­se dos encarnados e ao empenho do Braga em reavê-lo, depois de uma época de empréstimo, Rui Fonte regressou ao Minho “cheio de entusiasmo”, conforme garante o progenitor. “Era o que ele mais queria. Uma pessoa quer sempre regressar ao lugar onde foi bem tratada. Deu a volta por cima e tem provado que se enganaram”, sublinha Artur Fonte, garantindo que ao avançado só custou deixar o Sporting aos 17 anos para rodar, por empréstimo, no Arsenal durante três épocas. “Era o clube do coração, mas a passagem pelo Benfica também foi marcante. Luís Filipe Vieira gostava muito dele”, revela.

“Com aqueles extremos do Sporting, teria tantos golos como o Bas Dost” “Regressar ao Braga era o que ele mais queria. Deu a volta e provou que se enganaram” Artur Fonte Pai de Rui Fonte

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