O Jogo

Rui Vitória “Os dois golos de rajada tiraram-nos a crença”

O treinador do Benfica entende que a goleada de Dortmund foi “inglória” para aquilo que a equipa produziu, mas assegurou que o desaire não vai afetar o resto da época encarnada

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“A equipa teve boa postura até aí [3-0], mas dois golos foi uma machadada grande” “Batemo-nos bem, estivemos sempre ligados ao jogo, só que houve momentos que se pagam caros” “Sem dúvida que o resultado não pesará! Não vai deixar marca nenhuma. Vamos pensar já no Belenenses” “Para o ano queremos voltar [à Champions]. É melhor tentar e estar cá do que não estar”

Segundo o técnico, a opção por André Almeida no onze inicial foi com a intenção de “parar o Dortmund na zona central”. Já Cervi, foi aposta por ser “mais intenso”

Rui Vitória considerou “inglório” o resultado do Benfica em Dortmund, reconhecen­do “erros”, mas enalteceu a forma como a sua equipa se bateu perante um adversário forte. “Não entrámos como queríamos, mas a nossa equipa, passados os primeiros dez ou quinze minutos, foi o que queríamos ser, ou seja, teve a bola, equilibrou a partida. Na primeira parte foi um jogo repartido”, começou por analisar o treinador das águias. Vitória lembrou, ainda, que no arranque da segunda parte Cervi podia ter mudado a história da partida. “Tivemos a hipótese de empatar mas, logo depois, sofremos dois golos de rajada que tiraram muita da nossa crença. Apesar disso, batemonos bem e fomos à procura de outro resultado frente a uma grande equipa. O resultado é inglório pois estivemos sempre ligados ao jogo; só que houvemomen­tos que se pagam caros ”, analisou Vitória.

O 3-0 foi, de resto, um momento decisivo, quando o técnico se preparava para arriscar um pouco mais, com Jonas. “Fomos à procura de um reforço para o ataque, equilibrám­onos dentro do que era possível. A equipa teve boa postura até esse momento, mas sofrer dois golos foi uma machadada muito grande e quase não houve tempo de reagir. Até então, sentimos que estávamos dentro do jogo e que podíamos discutir a eliminatór­ia”, acrescento­u Vitória.

Sobre a opção de reforçar o meio-campo com André Almeida, Rui Vitória explicou que foi para segurar o adversário: “Queria parar o Dortmund na zona central, onde gosta de ter espaço para Weigl e Castro lançarem os homens da frente em profundida­de e precisávam­os de ser mais agressivos aí. Não queria deixar a intermediá­ria alimentar o ataque com passes de rotura.” Já o regresso do extremo Cervi à titularida­de deveu-se a este “ter uma capacidade física e resistênci­a grandes”, além de que, na opinião do técnico, o argentino “transporta muito bem a bola e é mais intenso”. “Teve boa prestação”, acrescento­u.

Olhando para o futuro, Vitória garantiu que este desaire não pesará psicologic­amente nos atletas. “Sem margem para dúvida que não, era o que faltava! Então o Arsenal, o PSG, o Nápoles, não têm qualidade? O resultado não deixa marca nenhuma e, a partir de amanhã, vamos pensar no jogo de segunda-feira (Belenenses, para aI Liga ), querendo que venha rápido. Queremos, no próximo ano, voltara estar aqui a representa­ro futebol português pois é melhor tentar e estar cá do que não estar. Saímos tristes com o resultado, mas este em nada belisca o nosso trabalho nem nos abate”, disse.

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Poucas vezes foi assim, mas neste lance Salvio leva a melhor sobre Castro

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