O fim da “era Wenger”
Após o descalabro com o Bayern, Comunicação Social, blogosfera e redes sociais proclamam o fim do reinado do francês que comanda o Arsenal há mais de duas décadas
Massimiliano Allegri (Juventus) e Thomas Tuchel (Dortmund) lideram as preferências para possíveis sucessores do técnico francês, numa lista que inclui Leonardo Jardim e Marco Silva
A opinião geral em Inglaterra parece consensual: Arsène Wenger não reúne condições para continuar à frente do Arsenal depois de terminar contrato, o que acontece em junho próximo .“Já chega”, “Não ao novo contrato”, “Teimoso, acabado e sem rumo” – estas as frases escritas em cartazes exibidos por adeptosà voltado estádio onde se disputou o embate com o Bayern, enquanto cantavam ao mesmo tempo: “Wenger, estás a destruir o clube.”
Duas goleadas por 5-1 contra os alemães e três derrotas em quatro jogos na liga inglesa avolumaram a onda de contestação. Mas, mais do que resultados pontuais, o grande problema apontado a Wenger é o fracasso crónico. À frente do sétimo clube europeu com mais receitas (ver quadro em anexo), o francês não consegue ganhar títulos ou sequer dar a ideia de que os pode ganhar. Ano após ano, o clube falha na Champions e na liga inglesa. “O Arsenal está morto e enterrado”, escreveu ontem o “The Sun”. “É tempo de ir embora”, afirma a Eurosport. O próprio Wenger, após a eliminação com o Bayern, não negou o adeus. “Não sei” respondeu, quando lhe perguntaram se fica. Stan Kroenke, dono do clube, deve estar já a pensar no nome do sucessor: nas casas de apostas, o italiano Massimiliano Allegri (Juventus) é o mais provável, seguindo-se o alemão Thomas Tuchel (Dortmund) e o inglês Eddie Howe (Bournemouth). Os portugueses Leonardo Jardim (Mónaco) e Marco Silva (Hull) também estão na lista de possíveis treinadores gunners.