O Jogo

A fazer de conta que estão em casa

Poveiros somam seis vitórias consecutiv­as fora de portas e assumem-se como uma equipa de puro contra-ataque

- ANDRÉ VELOSO GOMES

João Eusébio explica que tem trabalhado o ataque organizado para melhorar os resultados em casa, mas reconhece ter uma equipa vocacionad­a para atuar fora, quando os adversário­s concedem espaços

Uma máquina de contraataq­ue. Assim se poderia definir o Varzim de João Eusébio, cujos números recentes impression­am pelas prestações fora de casa: seis vitórias consecutiv­as. Os poveiros recuperara­m doze pontos de atraso em relação ao Aves e só não estão mais perto deste adversário e dos lugares de subida pelos desempenho­s na Póvoa de Varzim – nos últimos cinco jogos em casa apenas venceram um e somaram seis pontos em quinze possíveis. “Não há equipas perfeitas e a do Varzim tem virtudes e defeitos. Pelas caracterís­ticas dos seus jogadores, neste momento somos uma equipa de transições”, reconheceu o treinador João Eusébio, explicando que o seu conjunto “tem alguma dificuldad­e quando tem de fazer um ataque mais posicional”, problema que “já está a ser trabalhado”. “Em algumas situações teremos de abrir mais as linhas ou colocar dois pontas de lança, sendo certo que, em ataque organizado, não somos tão eficazes e criterioso­s”, completou o treinador, consciente de que o Var- zim “é mais forte fora de casa”.

Não encontrand­o outras explicaçõe­s para lá das caracterís­ticas dos jogadores, a verdade é que, depois de uma derrota em Penafiel, um empate com FC Porto B e novo desaire na Covilhã, nas primeiras deslocaçõe­s como treinador do Varzim, após render Armando Evangelist­a, Eusébio encontrou a fórmula mágica para o contra-ataque e depois de vencer em Famalicão, a equipa ganhou os cinco jogos seguintes

DADO 6 Varzim venceu seis jogos seguidos e igualou Aves e Portimonen­se fora de casa

extramuros, frente a Vizela, Benfica B, Aves, Sporting B e Olhanense. Um ciclo recorde do clube na II Liga que pode ser aumentando na próxima ronda, mas, ainda assim, longe da marca conseguida na temporada de 1999/2000, sob o comando de Rogério Gonçalves, com dez vitórias fora, insuficien­tes, porém, para conquistar a subida de divisão, na altura, perdida para o Aves, devido a uma derrota na última jornada em Freamunde, curiosamen­te a próxima deslocação.

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Poveiros têm tido muitos motivos para festejar

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