A fazer de conta que estão em casa
Poveiros somam seis vitórias consecutivas fora de portas e assumem-se como uma equipa de puro contra-ataque
João Eusébio explica que tem trabalhado o ataque organizado para melhorar os resultados em casa, mas reconhece ter uma equipa vocacionada para atuar fora, quando os adversários concedem espaços
Uma máquina de contraataque. Assim se poderia definir o Varzim de João Eusébio, cujos números recentes impressionam pelas prestações fora de casa: seis vitórias consecutivas. Os poveiros recuperaram doze pontos de atraso em relação ao Aves e só não estão mais perto deste adversário e dos lugares de subida pelos desempenhos na Póvoa de Varzim – nos últimos cinco jogos em casa apenas venceram um e somaram seis pontos em quinze possíveis. “Não há equipas perfeitas e a do Varzim tem virtudes e defeitos. Pelas características dos seus jogadores, neste momento somos uma equipa de transições”, reconheceu o treinador João Eusébio, explicando que o seu conjunto “tem alguma dificuldade quando tem de fazer um ataque mais posicional”, problema que “já está a ser trabalhado”. “Em algumas situações teremos de abrir mais as linhas ou colocar dois pontas de lança, sendo certo que, em ataque organizado, não somos tão eficazes e criteriosos”, completou o treinador, consciente de que o Var- zim “é mais forte fora de casa”.
Não encontrando outras explicações para lá das características dos jogadores, a verdade é que, depois de uma derrota em Penafiel, um empate com FC Porto B e novo desaire na Covilhã, nas primeiras deslocações como treinador do Varzim, após render Armando Evangelista, Eusébio encontrou a fórmula mágica para o contra-ataque e depois de vencer em Famalicão, a equipa ganhou os cinco jogos seguintes
DADO 6 Varzim venceu seis jogos seguidos e igualou Aves e Portimonense fora de casa
extramuros, frente a Vizela, Benfica B, Aves, Sporting B e Olhanense. Um ciclo recorde do clube na II Liga que pode ser aumentando na próxima ronda, mas, ainda assim, longe da marca conseguida na temporada de 1999/2000, sob o comando de Rogério Gonçalves, com dez vitórias fora, insuficientes, porém, para conquistar a subida de divisão, na altura, perdida para o Aves, devido a uma derrota na última jornada em Freamunde, curiosamente a próxima deslocação.