Miguel Oliveira bate recordes em Moto2
Piloto português impressionou com a nova KTM, mas ainda sofreu uma queda num dia em que o asfalto de Jerez aqueceu até 45 graus
“Os tempos nos testes valem o que valem, mas sabe bem ter uma moto rápida” Miguel Oliveira
KTM Ajo
A KTM está a estrear-se em Moto2 e Oliveira já deixou o quarto piloto dos primeiros testes coletivos a sete décimas, uma margem considerável. Hoje irá fazer uma primeira simulação de corrida
“Sabe muito bem saber que temos uma moto rápida”, comentou Miguel Oliveira, português de 22 anos que ontem bateu o recorde da pista de Jerez de la Frontera com uma Moto2, deixando excelentes indicações para o Mundial que se iniciará dia 26, no Catar. Ao fazer uma volta em 1m42,316s, superou os 1m42,408s que valeram a Sam Lowes a pole position de 2016 e eram o melhor tempo de sempre da categoria na pista espanhola.
A primeira sessão de testes com todas as equipas foi igualmente entusiasmante para a KTM, que se estreia em Moto2 e provou já estar competitiva, embora o seu segundo piloto, Brad Binder, tenha sido apenas o 11.º. O sul-africano, no entanto, falhara os testes privados por ter estado a recuperar de um braço partido.
Além do português, só o japonês Takaaki Nakagami e o italiano Mattia Pasini baixaram a barreira dos 1m43s, o que significa ser a diferença de Oliveira considerável para as restantes equipas. “Foi muito positivo, pois conseguimos ser rápidos logo na primeira sessão. Não es- perava o melhor tempo, pois não era esse o objetivo”, considerou o piloto da KTM, que na terceira das sessões de 70 minutos sofreu uma queda. “Foi a alta velocidade, felizmente sem consequências físicas. O asfalto estava muito quente e isso originou várias quedas”, explicou, referindo-se aos 45 graus medidos em Jerez.