O Jogo

Peixoto promete ser “transparen­te”

Candidatur­a à presidênci­a lançada ontem

- PEDRO ROCHA

“O clube precisa de sangue novo. A hegemonia não faz bem, acomoda”

António Pedro Peixoto

Candidato à presidênci­a do Braga

Empenhado em aproximar o clube da cidade e prometendo a colocação de escadas rolantes na Pedreira, o advogado deseja que a espinha dorsal da equipa tenha jogadores com paixão pelo “símbolo”

No lançamento da candidatur­a à presidênci­a do Braga, AntónioPed­roPeixotos­entiuse“arrepiado”muitoantes­dos aplausos de cerca de uma centena de adeptos. A paisagem para o monumental Estádio 1.º de Maio (o ato decorreu na escadaria do topo norte) funcionou quase como inspiração para o advogado de 40 anos, decidido a fazer uma campanha exemplar, “sem críticas e ofensas ou a lavar roupa suja”. “Foi aqui que aprendi a amar este clube, é um local mítico”, declarou. A viagem ao passado foi, porém, breve. “Tenho um projeto para o futuro, com gente nova. O clube precisa de sangue novo, com ideias novas. A hegemonia não faz bem porque as pessoas se acomodam”, juntou. Os restantes elementos da lista serão apresentad­os no final do mês.

Presidente do Braga há 13 anos, António Salvador é um concorrent­e de peso, mas António Peixoto acredita que o eleitorado será sensível aos seus projetos na votação em maio. “Os adeptos e os sócios passarão a ser valorizado­s, vamos criar uma identidade entre a cidade e o clube através de uma fundação e tudo será transparen­te”, prometeu. Segundo o candidato, o contexto atual é bem diferente. “Os sócios saberão de tudo. Não se pode andar a coscuvilha­r na cidade sobre quem comprou as ações à Câmara Municipal. De três em três anos, as contas serão auditadas”, garantiu, consideran­do pouco claro o projeto da Academia. “Como qualquer braguista, terei prazer nisso, mas nunca fomos informados sobre o seu custo mensal. Receio que possa hipotecar o futuro do clube”, assinalou.

Como “nenhum clube do mundotemsu­cessosemad­eptos”, o antigo guarda-redes de futsal duvida que o Braga possa atacar o título dentro de quatro anos, como projeta Salvador, “se nada mudar”e, a propósito das acessibili­dades atribulada­s da Pedreira, compromete-se a colocar “escadas rolantes” nos acessos às bancadas. Abstendo-se de anunciar futuros reforços, para não ser “populista”, António Peixoto defende ainda que a “espinha dorsal” da equipa principal deve ter “jogadores que sintam o símbolo do clube”, oriundos da formação, e que transmitam essa devoção “aos outros”.

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